Fórum de Saúde Mental da Sesa reúne profissionais de diversos setores da sociedade
O auditório do Fórum Estadual de Saúde Mental ficou totalmente tomado pelos participantes nesta sexta-feira (26), no evento em que foram discutidos os fluxos para o tratamento de pessoas com transtornos mentais e, sobretudo, de dependentes químicos na rede de saúde pública. A abertura foi feita pelo secretário da Saúde, Anselmo Tozi, da organização da Rede Estadual de Atenção em Saúde Mental.
O Fórum contou com a presença de, entre outros, profissionais da Saúde, coordenadores municipais e equipes de referência de saúde mental, Programa Saúde da Família, Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Centros de Tratamento ao Toxicômano (CTTs), hospitais, professores e estudantes, representantes do poder judiciário, Ministério Público e segurança pública.
Antes de se dirigirem ao auditório, os participantes puderam apreciar a exposição de trabalhos manuais realizados pelas pessoas tratadas nos Caps Moxuara e Cidade, ambos administrados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Os usuários são estimulados a desenvolverem trabalhos como pinturas, artesanatos, bordados e vestuário, como parte da proposta terapêutica da unidade.
Os usuários são estimulados a desenvolverem trabalhos como pinturas, artesanatos, bordados e vestuário, como parte da proposta terapêutica da unidade. |
Anselmo Tozi destacou os investimentos feitos pelo Governo do Estado na atenção primária, com a construção de CTTs e Caps nos municípios, para o tratamento principalmente de dependentes químicos. “Antigamente pensava-se que para resolver este problema era só internar o usuário e pronto. Mas estes Centros mostram uma nova proposta terapêutica alternativa à internação, inserido na sociedade”.
“Na realidade, quando falam que a droga é um problema de saúde pública, eu não concordo. Tem uma hora específica, dentro deste contexto, em que a atuação da saúde pública é importantíssima, nós sabemos como isso funciona. A nossa área tem que fazer, tem que produzir e orientar melhor as lideranças que participam deste debate”, concluiu.
O Fórum
O Fórum é um espaço de comunicação e troca de experiências, na medida em que reúne profissionais da Saúde e de outras áreas afins ao assunto, como com o intuito de discutir inovações nos serviços já ofertados. Segundo a coordenadora, a Rede de Saúde Mental da Sesa, Inêz Torres, é um lugar para apresentar um balanço das ações, avanços e desafios.
De acordo com Torres, o funcionamento da Rede de Saúde Mental envolve esforços dos serviços da atenção primária – como equipes de referência em saúde mental nas unidades de saúde; da atenção secundária – que são os Caps e os CTTs; e da atenção terciária – como os hospitais onde são feitas as internações.
A coordenadora afirmou que o modelo de assistência em rede é o mais eficaz neste tipo de tratamento, ao contrário das internações, sobretudo de pacientes dependentes de álcool e outras drogas, que representam uma nova e importante demanda. “Estamos trabalhando para que haja uma mudança cultural. O tratamento não se resume em internação”, ressaltou a especialista.
Avanços
“Os investimentos do Governo do Estado na área é um marco fundamental. Saímos de 2009 com 19 Caps. Em 2010 já foram iniciadas entregas, entre Caps e CTTs, com duas inaugurações – uma em Nova Venécia e outra em São Mateus. Os Caps de Castelo e de Santa Maria de Jetibá e Cachoeiro de Itapemirim estão em fase de conclusão”, salientou Inêz Torres.
A organização da Rede de Atenção em Saúde Mental inclui ainda a construção de 10 CTTs. “Em pouco tempo, o número de serviços será de quase 100% do que era em 2009, com uma oferta de atendimento de mais 2.700 usuários por mês. Serão aproximadamente R$ 15 milhões de investimentos no total, entre obras e equipamentos”, disse a coordenadora.
“Houve também a reestruturação dos serviços de urgência em saúde mental da Macrorregião Centro. O Hospital Estadual de Atenção Clínica teve a área otimizada e o setor de urgência em saúde mental teve o número de leitos dobrado. Também foi criado um serviço de urgência em saúde mental na Região Sul”, concluiu a especialista. Além disso, a Sesa abriu leitos exclusivos para adolescentes usuários de drogas, no Hospital dos Ferroviários, em Vila Velha.
Números
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* 2010 – jan - maio
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