Frutas capixabas terão certificado Comércio Justo
A fruticultura capixaba começa a dar os primeiros passos para ganhar a certificação ‘Fair Trade’ (Comércio Justo). Nesta quarta-feira (22), às 14 horas, no auditório da Trop Brasil, em Linhares, será realizada a primeira reunião entre cooperativas de produtores, Sebrae-ES e Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). O objetivo é apresentar aos produtores de frutas as exigências para obter o certificado, que vão desde boas práticas até normas de sustentabilidade, segurança do trabalho e relações trabalhistas.
De acordo com o representante da Seag no encontro, o gerente de Fruticultura, Dalmo Nogueira, “a certificação Fair Trade já existe na cafeicultura capixaba e a demanda para certificar a fruticultura veio dos próprios produtores, preocupados em agregar valor à produção e atender novos mercados, principalmente no exterior”.
Certificação
Comércio justo (Fair Trade em inglês) é um dos pilares da sustentabilidade econômica e ecológica. Trata-se de um movimento social e uma modalidade de comércio internacional que busca o estabelecimento de preços justos, bem como de padrões sociais e ambientais equilibrados, nas cadeias produtivas.
A ideia de um comércio justo surgiu nos anos 60 e ganhou corpo em 1967, quando foi criada, na Holanda, a Fair Trade Organisatie. Dois anos depois, foi inaugurada a primeira loja de comércio justo. O café foi o primeiro produto a seguir o padrão de certificação desse tipo de comércio, em 1988. A experiência se espalhou pela Europa e, no ano seguinte, foi criada a International Fair Trade Association, que reúne atualmente cerca de 300 organizações em 60 países.
O movimento dá especial atenção às exportações de países em desenvolvimento para países desenvolvidos, como artesanato e produtos agrícolas. Em poucas palavras, é o comércio onde o produtor recebe remuneração justa por seu trabalho.
Alguns países têm consumidores preocupados com a sustentabilidade, que optam por comprar produtos vendidos através do comércio justo. Esta opção ética tem permitido aos pequenos produtores de países tropicais, viverem de forma digna ao fazerem a opção pela agroecologia, como agricultura orgânica.
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