Governo do Estado conclui oficinas e avança no desenvolvimento do Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação
Os meses de novembro e dezembro foram marcados por muita interação no ecossistema de ciência, tecnologia e inovação do Estado. A Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), realizou seis oficinas para escutar os atores capixabas que vão ajudar na elaboração do Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (PCTI-ES), visando apoiar o desenvolvimento sustentável do Estado.
As oficinas “Desafios de Ciência, Tecnologia e Informação (CT&I)” são parte do escopo do projeto e foram realizadas em cidades estratégicas do Espírito Santo para o setor, além da Grande Vitória. Por meio delas, o intuito foi identificar os pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades para o Sistema Territorial de Inovação (STI); listar desafios para o Sistema de CT&I e levantar subsídios para a construção das missões e eixos estratégicos que resultarão no PCTI-ES.
Em Vitória, a oficina foi realizada no espaço HUB ES+, no centro da cidade, e contou a participação do secretário de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Bruno Lamas, que se mostrou entusiasmado com o avanço do PCTI-ES.
"É um período de construir em conjunto. Por isso, o Governo tomou a decisão de fazer o PCTI, que por ser um plano de Estado, precisa ser um plano coletivo, de muita escuta. A realização das oficinas foi fundamental para entendermos de forma assertiva as características locais, do ecossistema, da indústria, do comércio, do setor produtivo, da academia, de cada região. Com essas contribuições valiosas colhidas nesses encontros, vamos saber qual é a vocação regional para um Estado inovador, que é o que nós desejamos para o Espírito Santo", pontuou o secretário.
No mesmo encontro, Rodrigo Varejão, diretor-geral da Fapes, destacou o empenho do Governo do Estado no desenvolvimento do PCTI-ES. "Construir um Plano Estadual envolve muita escuta com as pessoas envolvidas de forma direta e indireta na área. São esses atores que fazem a Ciência, a Tecnologia e a Inovação acontecerem em cada região. Por isso, foi muito importante ir até os seis municípios, de norte a sul do Estado, ouvir os atores locais. Tenho certeza que com todas essas informações obtidas através das oficinas, o Governo do Estado, a partir do trabalho realizado pelo CGEE, vai elaborar um plano eficaz e assertivo para que o Estado tenha cada vez mais destaque nacional na área", avaliou.
Iomar Cunha, assessor de relações institucionais para tecnologia e inovação da Federação da Indústrias do Espírito Santo (Findes), e integrante da secretaria executiva do Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI), foi outro que prestigiou a oficina de Vitória, e acredita que o movimento de ampla escuta aumenta a chance de o plano ser bem-sucedido.
"Gostaria de destacar esse belo movimento feito pelo Governo, mas principalmente por todos os parceiros de inovação do Estado, para a construção desse PCTI. Temos que frisar pelo menos duas palavras-chaves: planejar, porque o Estado precisa do planejamento de ações de inovação, e mais do que isso, ouvir a todos. Assim a chance de sucesso é bem maior”, disse.
Quem também esteve presente no evento foi Miriam de Magdala, superintendente de Projetos de Inovação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Para ela, o encontro é muito positivo para o cenário atual da área. "Um momento rico de interação. A metodologia utilizada foi bem eficaz, divertido de participar. Gostei demais da iniciativa e acho que vai ser muito importante para o nosso Estado finalizar esse planejamento de ciência, tecnologia e inovação no futuro."
Oficinas de norte a sul
O trabalho realizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), começou pelas cidades de Colatina e Linhares, respectivamente. Coordenador da Incubadora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) - Campus Colatina, Ronis Faria de Souza enalteceu a iniciativa do Governo.
"Essa edição do Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação encontra em Colatina uma série de iniciativas ligadas à essas áreas que precisam aparecer no plano, precisam ser ouvidas e vistas. Então, para nós aqui de Colatina, quando soubemos que haveria uma oficina para discutir esse plano, ficamos supersatisfeitos. Vai ter um impacto extremamente positivo", salientou o coordenador.
Na sequência, foi a vez da região sul receber a oficina. O diretor-geral da Fapes, Rodrigo Varejão, participou do dia de troca informações e experiências no Ifes - Campus de Cachoeiro de Itapemirim, e avaliou como positiva a possibilidade do contato direto com atores da academia, gestão pública, iniciativa privada, do setor empresarial e terceiro setor. "Foi muito importante ir até Cachoeiro ouvir um pouco da experiência e iniciativas das instituições locais, conhecer o potencial do sistema de CTI da região, quais seus reais desafios e as oportunidades que se apresentam. Será de grande valia para a construção do plano."
Na última semana de novembro, houve ainda a oficina em São Mateus, que colheu mais informações e demandas da região Norte, visando ao desenvolvimento de um plano participativo e integrado.
Alegre fecha o cronograma
Para encerrar o ciclo de encontros, a cidade de Alegre, na região sul capixaba, recebeu a última oficina. Ela aconteceu na Associação Comercial do município, e contou com a participação de diversos atores da região. Jacson Rodrigues Correia da Silva, professor de Computação e Inteligência Artificial da Ufes, destacou a relevância do evento.
"Aprendi muito sobre Ciência, Tecnologia e Inovação no encontro. Muito importante conhecer e conversar com as pessoas, entender como a gente pode atuar na área, como pode aplicar. É uma oportunidade de expandir muito melhor as ideias que a gente possui. Foi um evento ótimo", elogiou o professor.
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