20/07/2010 22h01 - Atualizado em 24/01/2019 12h45

Hortaliças e saúde é o foco do primeiro dia de programação do Congresso Brasileiro de Olericultura

O primeiro dia de programação do Congresso Brasileiro de Olericultura, nesta terça-feira (20), teve início com a discussão do tema “Hortaliças, saúde e sociedade”. Na oportunidade, especialistas de São Paulo, Paraná e da Argentina debateram a importância do consumo de hortaliças funcionais.

O pesquisador do Instituto capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), José Aires Ventura, explica que alimentos funcionais são aqueles que também contribuem para a melhoria do funcionamento do organismo, atuando como, por exemplo, na prevenção de doenças. “Quase todas as hortaliças possuem propriedades funcionais. Podemos citar a cebola, que melhora a circulação, e o tomate, que retarda o envelhecimento das células”, afirma.

Para esta quarta-feira (21), está prevista a realização de quatro minicursos, com os temas: 'Horticultura orgânica', 'redação científica', 'estatística experimental' e 'plantas medicinais e homeopatia'.

Além disso, serão realizadas três mesas redondas, que irão abordar a real sustentabilidade dos modelos de produção da agricultura; a evolução histórica das tecnologias e insumos na olericultura; e o manejo de pragas e doenças na produção integrada e orgânica de hortaliças.

No mesmo dia ainda haverá três painéis, sobre: 'Diversidade no sistema de produção de hortaliças e relação com redução de agrotóxico'; ' Fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS)', e 'Produção de Hortaliças em Áreas de Preservação Permanente (APP's): conflitos ambientais'.

Abertura

“Ao evocar o passado nos nossos 50 anos, é este um bom momento para prepararmos o futuro”,  afirmou o presidente da Associação Brasileira de Horticultura, Paulo Cezar Tavarez, ao encerrar sua apresentação durante a solenidade de abertura do evento que marca o aniversário de 50 anos do Congresso Brasileiro de Olericultura (CBO). O evento teve início nesta segunda-feira (19), às 20h30, no Sesc de Guarapari, em clima de comemoração e recordações históricas. A programação segue até sexta-feira (23), no mesmo local, com atividades variadas.

Paulo Cezar Tavarez.

O Congresso é promovido anualmente pela ABH, e este ano está sendo realizado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Aquicultura, Abastecimento e Pesca (Seag), pela segunda vez no Espírito Santo.

Paulo Cezar mostrou fotos e documentos antigos sobre a história da ABH, e ressaltou os principais avanços nos 50 anos de Congresso. “A ABH foi criada em 1961 devido à necessidade de intercâmbio técnico-científico entre especialistas da área de hortaliças. A primeira edição do evento teve apenas18 participantes e 14 trabalhos apresentados”, afirma.

Estiveram presentes na solenidade o secretário de Agricultura Enio Bergoli, o subsecretário de Agricultura, Gilmar Dadalto, o presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) Aladim Cerqueira, o superintendente federal de Agricultura no Espírito Santo, José Arnaldo de Alencar, entre outras autoridades, pesquisadores, estudantes, professores, produtores rurais e pessoas que têm a horticultura, a agroecologia e as plantas medicinais como interesse comum.

Enio Bergoli.

“São ao todo 748 trabalhos inscritos e 25 Estados da Federação aqui representados. O Espírito Santo está orgulhoso de receber um Congresso dessa importância e magnitude”, afirmou o secretário de Agricultura, Enio Bergoli, que ainda ressaltou a importância de fazer com que esse conhecimento chegue até a sociedade.

Bergoli disse que a agricultura capixaba é baseada em pequenas propriedades, e, por isso, a horticultura tem um papel fundamental na economia do Estado, por gerar renda em pequenos espaços. “Atualmente a olericultura no Espírito Santo está presente em 14 mil hectares de área plantada e envolve cerca de 20 mil famílias e 70 mil trabalhadores rurais”, afirma.

“Produzir mais e com qualidade, só com tecnologia”, disse o presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo. Ele enfatizou a importância da oportunidade de troca de informações entre os estudiosos e como a geração de tecnologias pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida do homem do campo e da população.

Ambos prestaram homenagem ao pesquisador do Incaper, Carlos Alberto Simões, que está à frente da organização do Congresso e apresenta 35 anos de carreira no Incaper, com importantes contribuições da área de pesquisa com hortaliças.

Entre os principais temas a serem abordados no Congresso, estão: Hortaliças: saúde, sociedade e meio ambiente; Produção sustentável de hortaliças; Rastreabilidade e certificação na horticultura; Evolução histórica das tecnologias e insumos; Mudanças climáticas na horticultura; e as Exigências e tendências dos mercados de hortaliças. Participam cerca de 1,5 mil pessoas.

O evento conta com o apoio de entidades oficiais e privadas na organização, como: o Centro de Ciências Agrária da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA-Ufes), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

O setor de olerícolas/hortaliças inclui: folhosas, como couve, repolho, couve-flor e brócolis; bulbos, como alho e cebola; raízes, como batata, inhame, batata baroa, nabo e cenoura; e frutos, como

O evento segue até sexta-feira (23) com atividades variadas e programações simultâneas, que incluem mesas redondas, painéis, apresentação oral de trabalhos, reuniões, fóruns de debate, lançamento de livros, mini-cursos e até excursão técnica.

 



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