Hospital Dr. Jayme retira 20 pessoas da fila para transplante de córnea
O mês de outubro foi um marco na história de doações de córnea no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves (HEJSN), na Serra. Pela primeira vez, desde a abertura da unidade, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), em parceria com a equipe multidisciplinar, sensibilizou 10 famílias que aceitaram doar as córneas de seus entes queridos.
“Esse resultado é fruto de um trabalho exaustivo realizado pela CIHDOTT. Temos investido em capacitações e treinamentos das equipes que participam ativamente do processo de doação, além de campanhas junto aos demais funcionários, pacientes e acompanhantes. Nosso objetivo é trabalhar para zerar a fila de transplantes de córnea no Estado”, garantiu o diretor-técnico do hospital, Eric Teixeira Gaigher.
O processo de doação envolve algumas etapas, entre elas, a entrevista familiar. Nesse momento, dois ou mais profissionais participam da conversa esclarecendo as dúvidas e explicando todos os procedimentos. Para a coordenadora da CIHDOTT da unidade, Rosemery Erlacher, essa é uma das fases críticas do processo de doação.
“A entrevista familiar requer, além de capacidade técnica para explicar todas as etapas e processos envolvidos, segurança emocional e amor ao próximo. Algumas famílias estão preparadas e já esperavam o triste desfecho, outras perderam seus familiares de forma abrupta. Alguns pacientes estavam sofrendo com a doença, outros eram jovens e com uma vida inteira pela frente. Enfim, são inúmeros casos que lidamos diariamente e precisamos estar preparados para todos”, lembrou Rosemery Erlacher.
Como forma de agradecer o empenho de cada profissional, a CIHDOTT do Hospital Dr. Jayme preparou uma lembrança para os 13 funcionários (médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos) que participaram das entrevistas familiares que resultaram nas 10 doações de córnea.
“Fizemos o nosso trabalho e ser reconhecido por isso é muito gratificante. Saber que contribuí para que uma pessoa saísse da fila para transplante é o melhor resultado que poderia ter. Essa lembrança não é minha, é de toda equipe que participou”, completou a psicóloga Simone Eutropio.
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