05/08/2010 21h00 - Atualizado em 22/01/2019 15h08

Hospital Estadual São Lucas completa um ano de Acolhimento com Classificação de Risco nesta quinta (05)

O Acolhimento com Classificação de Risco – serviço que prioriza os atendimentos de acordo com a gravidade de cada caso – completa um ano de atividade no Hospital Estadual São Lucas, que pertence à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Nesse período, foram ampliados os atendimentos aos traumas de urgência e emergência, que são o perfil da unidade. Esses pacientes já são 60% do total recebido no hospital.

Os dados mostram que o Acolhimento com Classificação de Risco (ACR) vem cumprindo o seu papel, que é o de organizar os atendimentos no pronto-socorro do hospital, de modo a preservar o perfil da instituição: urgência e emergência em trauma. Antes da adoção do sistema, 30% dos pacientes que chegavam à unidade poderiam ter sido atendidos nas unidades de saúde e prontos-atendimentos.

Isso prejudicava o atendimento na unidade, segundo Úrsula Diogo Dersot, enfermeira responsável pela Classificação de Risco do hospital. “O sistema de classificação faz com que os atendimentos fiquem mais focados no trauma de urgência e emergência e facilita o trabalho do profissional, que faz um atendimento mais eficaz e dinâmico. Antes, ele perdia muito tempo atendendo paciente que deveria ser atendido em outro local”, explica ela.

Prioridade

O Acolhimento com Classificação de Risco tem como base o Protocolo de Manchester, um sistema reconhecido internacionalmente que busca organizar o fluxo de acesso aos serviços de saúde por meio da definição de prioridades, determinação do tempo de espera para o atendimento médico e definição do modelo de observação, de acordo com a gravidade atribuída.

Por meio deste protocolo, cada pessoa que dá entrada no pronto-socorro é avaliada por um profissional, que a classifica em uma cor. A vermelha significa emergência absoluta, com risco imediato de perder a vida; a alaranjada, muito urgente, e risco imediato de perda de função de órgãos ou membros; a amarela, urgente, ou condição que pode se agravar sem atendimento; a verde, pouco urgente, com atendimento prioritário unidades de saúde; e a azul, não urgente.

Neste primeiro ano de acolhimento no Hospital Estadual São Lucas, foi classificado como emergência absoluta 1% dos pacientes. Os muito urgentes foram 7%; urgente ou cor amarela representaram 32%; pouco urgente, 29%; e não-urgente, 1%. Os 30% restantes foram consultas e retornos cirúrgicos.

Como funciona

Logo que chega ao hospital, a pessoa é recebida e é avaliada pela equipe de acolhimento, que analisa situações de risco, classifica o risco e informa sobre o tempo previsto para atendimento. Aqueles pacientes que, por ventura, não forem classificados como casos de urgência, serão reencaminhados às unidades de saúde, prontos-atendimentos ou outro serviço da rede de Saúde mais adequado ao seu perfil.

Este sistema foi implantado, no último ano, em todas as unidades hospitalares da Sesa, entre elas o Dório Silva, Infantis de Vila Velha e Vitória, Antônio Bezerra de Faria, Silvio Avidos, Arnizaut Roberto Silvares, além do Centro de Atendimento Psiquiátrico Aristides Alexandre Campos.

 



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