Hospital Estadual Silvio Avidos ajuda ex-paciente a reencontrar família biológica
O porteiro R.S, de 29 anos, nasceu no Hospital Estadual Silvio Avidos, em Colatina, em 1988, quando o hospital ainda possuía maternidade. Logo depois do parto, a mãe do rapaz o entregou em adoção para uma família da cidade. Vinte e nove anos mais tarde ele decidiu revisitar o passado em busca de suas raízes, e nesta semana ele foi até o hospital, acompanhado da esposa e da filha, para tentar encontrar informações que o levassem a sua família biológica. Com a ajuda do setor de Serviço Social e Psicologia do hospital, a história teve um final feliz.
Apesar de não ter reencontrado sua mãe biológica, que faleceu neste ano, R.S encontrou duas irmãs, além de sobrinhos, tios e primos, e soube que tem outra irmã, com quem ainda não teve oportunidade de estar junto. “Foi muito emocionante. Agradeço muito ao município de Colatina porque eles abriram o coração, me ajudaram. Desde o pessoal da saúde até os órgãos públicos onde nós fomos. As pessoas ligaram querendo saber como estava a minha busca, fizeram contatos para me ajudar, se preocuparam”, relatou o porteiro, que preferiu não se identificar para não expor a família biológica e a adotiva.
Por telefone, R.S também nos contou que, quando chegou ao hospital, tinha em mãos apenas um cartão da maternidade com a identificação da mãe biológica e dados básicos sobre ele quando bebê, como peso, tamanho e horário do nascimento. “Quando eu tinha aproximadamente 12 anos, minha mãe contou que eu era adotado e me deu esse cartão. Ela disse que minha mãe biológica tinha outros filhos e não tinha condições financeiras para cuidar de mim. Depois que eu passei a frequentar a igreja, cresceu o desejo de conhecer minha família biológica, de saber como ela era, como vivia. Eu já havia conversado com minha mãe adotiva sobre isso, mas só agora pude vir a Colatina fazer essa busca”, detalhou R.S, que mora na Grande Vitória.
A assistente social Mirelly Manzini, do Hospital Estadual Silvio Avidos, disse que ficou extremamente emocionada com a história de R.S. Trabalhando no setor de Serviço Social e Psicologia, todos os dias chegam até ela histórias de vida diferentes de pacientes e familiares, casos a serem resolvidos, pessoas que precisam de ajuda. “A gente lida com tantas adversidades no dia a dia e volta e meia vem uma em que a gente pode ajudar e ter um desfecho feliz. Isso vale a pena demais. Acho que valeu tanto pra ele, que reencontrou suas origens, quanto pra gente”, disse a assistente social em nome do setor.
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