14/11/2018 18h54

Hospital Infantil de Vila Velha realiza cirurgia cardiológica rara em bebê prematuro

Foto: Divulgação

Coincidentemente em novembro, mês em que é comemorado o Dia Mundial da Prematuridade – no próximo sábado (17) –, o Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, realizou uma cirurgia para fechar o canal arterial de uma bebê que nasceu prematura lá mesmo, com sete meses de gestação e pesando 740 gramas. O procedimento foi realizado nessa terça-feira (13) à beira do leito, na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (Utin), algo que não é comum acontecer e que só uma unidade de referência em cirurgia cardiológica, como é o caso do Himaba, tem condições de fazer.

 

O processo cirúrgico foi realizado pelo médico Sperandio Del Caro, cirurgião pediátrico, em conjunto com o médico Rafael Aon Moyses, cirurgião cardíaco, ambos pertencentes ao corpo clínico do Hospital Estadual Infantil e Maternidade de Vila Velha. Segundo os médicos, a paciente possuía diagnóstico de Persistência do Canal Arterial (PCA). O canal arterial é um duto que liga a aorta (maior artéria do corpo humano) à artéria pulmonar (que leva o sangue do coração para o pulmão). Ele é muito importante enquanto o bebê está na barriga da mãe. Quando a criança nasce, o canal se fecha naturalmente. A persistência em se manter aberto chama-se Persistência do Canal Arterial.

 

A comunicação entre a aorta e a artéria pulmonar após o nascimento provoca um envio excessivo de sangue para os pulmões, o que pode provocar complicações graves. “Assim que a criança nasce, o canal se fecha normalmente na primeira semana de vida, a não ser em casos especiais, como de prematuros. Se o canal se mantém aberto, em algum momento é necessário fechá-lo. No prematuro, por exemplo, isso pode ser feito com uso de medicação ou, quando necessário, com cirurgia”, explicou o cirurgião cardíaco Rafael Moyses.

 

De acordo com a enfermeira que coordena a UTI Neonatal do Himaba, Sandra Cavati, esse tipo de cirurgia auxilia na rapidez da recuperação da criança. “Com o passar dos anos, essa anomalia congênita pode causar hipertensão pulmonar. Realizar esse procedimento à beira do leito, fora do centro cirúrgico, é raro acontecer, mas, quando necessário, o hospital realiza com muita maestria. Isso ajuda muito porque evita o deslocamento do paciente, além de permitir uma recuperação mais rápida e, consequentemente, a alta hospitalar também”, explicou a enfermeira.

 

A pequena paciente respondeu muito bem à cirurgia, que durou cerca de duas horas. Após o procedimento, ela passa bem e está sendo monitorada na Utin. 



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