ICEPi capacita supervisores de hospitais da Rede Pública em Medicina Hospitalar
Na noite da última sexta-feira (05), teve início o processo de capacitação dos supervisores dos hospitais da Rede Pública Estadual, no âmbito da Medicina Hospitalar. De acordo com a diretora geral do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), Quelen Tanize Alves, este é o primeiro ciclo de uma série que serão realizados com todos os hospitais.
Esse primeiro encontro tratou do tema Medicina Hospitalar I, abordando questões relacionadas à medicina hospitalar no Brasil e no mundo; o impacto do modelo assistencial da medicina hospitalar e as dificuldades e obstáculos para a implantação da medicina hospitalar. Até o final do ano serão realizados mais sete módulos da capacitação.
A abertura da capacitação foi realizada pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, que destacou que este é um processo de mudança no modelo de assistência médica em todo Espírito Santo. Segundo ele, é preciso, de fato, realizar uma mudança na prática, e não apenas a natureza jurídica de quem gere o estabelecimento de saúde.
“Mudar a natureza jurídica não muda o modelo assistencial. Precisamos, de fato, incorporar tecnologias leves e pesadas ao cuidado do nosso paciente e trabalhar com indicadores, com resultados, com qualidade”, disse.
A capacitação, segundo destacou Quelen Tanize Alves, forma supervisores dos hospitais da Rede Estadual para que eles se tornem multiplicadores na formação dos médicos dentro dos hospitais.
Ainda de acordo com a diretora geral, em um segundo momento serão abertas turmas com 30 vagas para médicos hospitalistas. A abertura dessa turma está prevista para setembro e as vagas serão preenchidas por meio de processo seletivo externo.
“Essas pessoas que estão aqui, nesse primeiro momento, nesses hospitais, serão supervisores e formadores da turma de médicos que iniciará em setembro. Esse processo será repetido até que todos os hospitais passarem por essa formação”, disse a diretora geral do ICEPi.
O secretário Nésio Fernandes destacou ainda que os processos formativos precisam construir perfis de competências clínicas, de educação e de gestão. “Esperamos que esse processo de formação em supervisores de medicina hospitalista possa colaborar em vocês um perfil de competência mais ampliado, e depois a gente consiga transformar vocês em multiplicadores em um processo de formação mais amplo dentro dos hospitais que vai tentar vincular a formação à transformação do modelo assistencial dos nossos serviços. O Espírito Santo tem condições de ser referência em medicina hospitalista no país, e os atores desse processo serão vocês”, destacou.
Capacitação
O primeiro módulo ministrado foi intitulado “Medicina Hospitalar I”, e teve como um dos ministradores o médico Fabrício Pimentel Fonseca, especialista em Saúde e membro da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (Sobrame) e do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes).
De acordo com ele, a iniciação em medicina hospitalar ainda não é uma especialidade no Brasil, mas trata-se de um modelo americano que tem dado certo. Ele destacou que para ser um médico hospitalista é preciso, primeiramente, ser proativo e saber trabalhar em equipe.
“Para estar no curso de formação de especialistas é preciso ter muito mais um perfil pessoal de formação médica do que uma especialidade. Precisa ser médico de atuação proativo, que saiba trabalhar em equipe, que não tenha a visão de tomar decisões sozinho, que tenha disponibilidade de tempo, sendo esse um grande limitador, com boa capacidade técnica e resolutivo”, disse.
Também ministrou a capacitação o médico cardiologista e diretor hospitalar Cláudio Nunes, que destacou que esse processo, que começa a ser implantado no Espírito Santo, é um desafio enorme, e caracterizou essa capacitação como uma quebra de paradigma no serviço público hospitalar.
“Na medicina hospitalista, o médico e a equipe multidisciplinar precisam realizar alguns procedimentos à beira do leito, e isso gera velocidade, diminui o tempo de permanência do paciente no hospital resultando em queda nos riscos clínicos. O paciente ganha na qualidade da recuperação. Efetivamente é uma mudança de paradigma. A decisão de implantar um modelo desse é extremamente desafiador e dará um resultado enorme”, destacou.
Próximos encontros
- 02 a 04 de agosto – Sistema de Saúde;
- 30 de agosto a 01 de setembro – Medicina Hospitalar II;
- 13 a 15 de setembro – Governança Clínica e Qualidade Assistencial;
- 18 a 20 de outubro – Comanejo clínico-cirúrgico;
- 08 a 10 de novembro – Transição de cuidados e desospitalização;
- 22 a 24 de novembro – Comunicação efetiva e trabalho em equipe;
- 13 a 15 de dezembro – Medicina Hospitalar III.
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