Idaf alerta: é preciso cuidado com a mosca negra dos citros
A mosca negra dos citros - inseto picador-sugador de pequeno porte que se instala nas folhas e suga a seiva das plantas - tem provocado prejuízos na agricultura de diversos Estados do Brasil. Apesar de não haver registros da ocorrência da praga no Espírito Santo é importante que o produtor rural esteja atento e realize medidas preventivas, uma vez que o inseto já se encontra em localidades próximas às divisas capixabas, como o Sul da Bahia. Por isso, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) vem prestar orientações para que os produtores saibam como evitar a entrada da mosca no Estado.
O engenheiro agrônomo do departamento de defesa sanitária e inspeção vegetal do Idaf, Ezron Leite Thompson, explica que apesar dos citros serem mais susceptíveis à praga, ela também acomete uma grande quantidade de espécies vegetais, como o café, mamão, banana, manga, goiaba e plantas ornamentais.
Sendo assim, é grande a preocupação do Instituto, pois os principais hospedeiros da mosca negra são culturas de relevante importância econômica para a agricultura. Thompson destaca que a mosca traz prejuízos por promover um ataque severo – ela se espalha em grande quantidade e por toda a planta, provocando o enfraquecimento e morte do vegetal.
Além disso, a ocorrência da praga permite o aparecimento da fumagina, que é um fungo que se instala nas folhas deixando-as encobertas por um pó preto, que reduz ou impede a planta de realizar a fotossíntese. A disseminação da praga é rápida e ocorre principalmente por meio do transporte de material infestado. Deve-se ressaltar que o uso de agrotóxicos para combater a mosca é caro e pouco eficiente e que o melhor controle, portanto, é evitar a sua chegada. Para isso é preciso que o produtor rural siga algumas orientações.
Segundo Ezron, é fundamental que o agricultor adquira somente mudas certificadas, provenientes de viveiros registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e cadastrados no órgão estadual de defesa sanitária vegetal, que no Espírito Santo é o Idaf. Ao comprar a muda deve-se exigir ainda o Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), que é o documento emitido por engenheiro agrônomo que garante que elas estão livres de pragas. Outra orientação é não comprar mudas de vendedores ambulantes, pois estas não são certificadas e podem estar contaminadas. “Pedimos ainda que quem viajar para outros Estados não traga parte de vegetais como mudas e flores, já que a mosca é muito pequena e pode ser trazida sem que a pessoa perceba” alerta Ezron.
Segundo o engenheiro agrônomo, foram instaladas armadilhas em pontos estratégicos do Estado para controle. Por meio dos equipamentos, que estão sendo constantemente vistoriados pelos técnicos do Idaf, está sendo feito o monitoramento da presença da mosca nas lavouras.
“Devo lembrar que é fundamental que o produtor observe os plantios com atenção para constatar se a mosca está presente e caso haja alguma suspeita o Idaf deve ser informado imediatamente para que possa tomar as medidas necessárias. Os técnicos do órgão estão preparados em todo o Estado para prestar informações e esclarecimentos sobre a praga.” conclui ele.
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Assessoria de Comunicação/Idaf
Jória Motta Scolforo
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