Idaf retira de circulação mudas de citros irregulares que eram vendidas em Jardim da Penha
Após receber uma denúncia informando a comercialização de mudas irregulares de citros, fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) estiveram no bairro Jardim da Penha, em Vitória, e flagraram um vendedor ambulante comercializando mudas de limão e laranja sem notas fiscais e documentação que comprovasse a sanidade vegetal. A fiscalização ocorreu nessa terça-feira (30), em parceria com a Superintendência Federal de Agricultura (SFA/ES).
Foi constatado que o comerciante não tinha o Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV) das mudas, documentos que atestam a procedência, a condição fitossanitária de plantas ou de produtos vegetais e a inexistência de pragas agrícolas, como o Greening e Cancro Cítrico. O Idaf apreendeu as mudas e encaminhou para a destruição. Os demais produtos vendidos pelo comerciante, como flores e plantas ornamentais, não foram recolhidos.
O diretor-presidente do Idaf, Leonardo Monteiro, afirmou que a medida é para evitar a entrada de doenças agrícolas que podem comprometer as lavouras capixabas, resultando no prejuízo econômico para milhares de produtores rurais, com a proibição do comércio e exportação dos produtos.
“O Idaf conta com equipes que fiscalizam lavouras de citros e outras que trabalham no controle das cargas que entram no Estado, por meio dos postos agropecuários nas divisas com outros estados. Este trabalho está sendo eficaz para evitar a entrada do Greening no Espírito Santo, tendo em vista que outros estados já estão enfrentando complicações com a doença”, expôs Monteiro.
O diretor-técnico do Idaf, Janil Ferreira da Fonseca, explicou que quem deseja adquirir mudas precisa procurar viveiros registrados, consultando o Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasen), no site do Ministério da Agricultura e Pesca (Mapa). “Contamos com o apoio da população capixaba para que adquiram suas mudas em viveiros registrados. É importante que denunciem irregularidades, viveiros e vendedores em situação de clandestinidade, que representam perigo para a sanidade vegetal no Estado”, alertou Fonseca.
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