Incaper discute o uso adequado da irrigação em Marilândia
Para que os produtores de café utilizem melhor os recursos hídricos disponíveis em Marilândia, os técnicos do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), realizam uma capacitação sobre a utilização adequada da irrigação na produção de café Conilon. O curso, que acontece na fazenda experimental do Incaper de Marilândia, nesta quinta (12) e sexta-feira (13), terá o objetivo de conter desperdícios de água e energia nas propriedades rurais e maximizar os benefícios da técnica.
Por se tratar de uma região com poucos mananciais, o uso correto de irrigadores na produção de café do município é de vital importância. O extensionista do Incaper, Élio José dos Santos, aponta que 95% da plantação de café Conilon em Marilândia tem irrigação, somando um total de nove mil hectares e mais de mil propriedades. A técnica é utilizada principalmente entre os meses de junho e outubro, período de estiagem na região.
“Cada produtor de café em Marilândia tem no mínimo dois conjuntos de irrigação em sua propriedade. Devido a essa quantidade de irrigadores, e pelo município ter pequenos mananciais, é importante orientar sobre a utilização do mecanismo. Além disso, o custo de uma saca para o produtor que trabalha com a irrigação de forma correta fica em torno de R$ 110,00, enquanto o outro que tem algum desperdício de água e energia, o custo se eleva em torno de R$ 130,00”, afirma Santos.
A produção de café para quem usa o mecanismo com irrigadores racionalmente fica em cerca de 60 sacas por hectare, mas numa propriedade que se utiliza de irrigadores de forma desregrada, a produtividade cai para as 50 sacas por hectare, já que a planta não tem seu potencial maximizado.
Participam do curso 12 produtores de Marilândia, selecionados pelo Incaper, que terão a missão de replicar aos demais agricultores da região as técnicas ensinadas pelo Instituto.
Atualmente, Marilândia alcançou uma produção de 250 mil sacas de café ao ano. Além do trabalho de orientação, os técnicos do Incaper possuem um projeto de “outorga coletiva”, com 25 postos de monitoramento no município, ao invés das mil outorgas individuais existentes. A ideia é que os produtores passem a usar a água em suas propriedades de forma racionada e que terminem os conflitos pelo uso da água na região.
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