Indústria apresenta queda de produtividade no mês de agosto
A produtividade da indústria no Espírito Santo, no mês de agosto, registrou um recuo de -0,8%, em relação a julho, após ajuste sazonal. Ainda assim, no caso das comparações interanuais a produtividade da indústria capixaba sustentou expansão, resultado ancorado principalmente na indústria extrativa. Esses dados são da Resenha de Conjuntura divulgada, nesta sexta-feira (15), pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).
O desempenho foi influenciado pela retração da produtividade na indústria extrativa (-1,7%) e na indústria de transformação (-1,0%). Nesse período, a contração na produção industrial (-1,1%) foi o principal determinante da queda da produtividade, uma vez que o número de horas pagas registrou uma leve queda (-0,3%), mantendo-se próximo a estabilidade.
Frente ao mesmo mês do ano anterior, os resultados de agosto se mostraram positivos, com um aumento de +3,1% na produtividade, superando os indicadores apresentados pela indústria nacional. Este resultado é reflexo do crescimento da produtividade observado na indústria extrativa (+22,4%). Considerando os componentes de cálculo do índice de produtividade, observa-se que o resultado decorreu da expansão na produção industrial (+14,5%), que foi superior ao aumento no número de horas pagas (+11,1%), indicando elevação no produto por hora de trabalho na indústria estadual.
No acumulado do ano de 2010, os ganhos de eficiência na indústria local subiram +24,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, superior ao dobro da média verificada no País (+9,1%).
Nos últimos 12 meses, comparativamente ao mesmo período do ano anterior, houve crescimento de +24,6% da produção industrial e de apenas +1,4% no número de horas pagas, o que refletiu num aumento de +22,9% na produtividade.
Ao se analisar a relação entre produtividade e salários reais, observa-se queda mais acentuada do indicador de salários reais no mês de agosto em relação ao mês imediatamente anterior (-11,6%), enquanto a produtividade apresentou queda de -0,8%.
Ao se analisar a média móvel trimestral com o período imediatamente anterior, o crescimento da produtividade e do salário real foi praticamente o mesmo, +1,4% e +1,5% respectivamente, o que confirma a tendência de ajuste em direção ao equilíbrio no mercado de trabalho. Já no acumulado do ano, os ritmos de crescimento se mostram diferentes, com a produtividade apresentando um aumento cinco vezes superior aos salários, respectivamente, +24,4% e +4,3%.
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