LICC: Festival de Caxambu de Pedra Branca celebra a cultura e as tradições afro-brasileiras em Vargem Alta
Entre os dias 25 de agosto e 8 de outubro, acontece a segunda edição do Festival de Caxambu de Pedra Branca, em Vargem Alta. O encontro tem como objetivo a celebração e a preservação da cultura e das tradições afro-brasileiras, tendo como fio condutor o caxambu – expressão cultural trazida da África e que deu origem ao jongo, ao congo e ao samba.
Por meio da arte, da educação e de performances diversas, o festival reúne elementos das culturas populares de origem africana e indígena, estabelecendo-se como um espaço de diálogo entre as comunidades do campo e da cidade, sobretudo aquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade social.
Com patrocínio da EDP, viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC), da Secretaria da Cultura (Secult), o festival acontecerá de forma intermitente – com início às sextas-feiras e término aos domingos.
A programação contará com exibições de filmes realizados por produtores independentes, sempre às sextas-feiras. Entre os destaques, está o filme “A viagem de Seu Arlindo”, de Sheila Altoé, protagonizado pelos próprios moradores da comunidade.
Nos demais dias, serão promovidas oficinas de arte-educação, rodas de conversa, workshops e shows. Toda a programação do festival tem classificação livre, e a entrada é gratuita.
Produtor cultural do Grupo de Caxambu “Fé, Raça em um Só Coração”, Fábio Ravera Lyrio afirma que o festival foi idealizado em 2019, durante o encontro estadual da juventude negra no distrito de Itaipava, em Itapemirim, no litoral sul do estado. Inicialmente, o mestre de caxambu Alex Ravera estava à frente da iniciativa. No entanto, ele faleceu naquele mesmo ano, cabendo a seu irmão – Fábio – dar continuidade ao projeto, que foi contemplado pela Lei Aldir Blanc em 2020.
Com isso, uma nova perspectiva se abriu para a comunidade, cuja preservação da herança cultural afra tem como elo o caxambu, conectando diferentes gerações às tradições de sua ancestralidade. “Tanto a primeira edição quanto esta foram concebidas com a intenção de aprofundar ainda mais a compreensão sobre a cultura afro-brasileira e fortalecer os laços entre as comunidades, com uma atenção especial àquelas que se encontram em situação de risco social”, diz Fábio Ravera Lyrio.
Ele chama a atenção para o fato de que o festival reacendeu a chama da autoestima da comunidade, que estava apagada, com as novas gerações perdendo a conexão com a memória de seus ancestrais. “Queremos, além disso, incentivar a autossustentabilidade e a independência econômica, a partir da criação de mecanismos de produção de trabalho e renda, estimulando e preservando a prática dos nossos costumes, nossas tradições e o pertencimento territorial, prevenindo o êxodo rural. Hoje, são poucos os que permanecem aqui para cultivar a terra e a memória de seus antepassados”, ressalta.
A organização do festival estima um público de 2.500 durante todo o período de realização do evento, com um alcance abrangente, envolvendo grupos e coletivos socioculturais, comunidades tradicionais quilombolas, indígenas e das periferias do Espírito Santo, incluindo ainda um intercâmbio interestadual com o grupo Jongo Eledá, do Rio de Janeiro.
Serviço:
2º Festival de Caxambu de Pedra Branca
Quando: de 25/08 a 08/09
Local: Comunidade Quilombola de Pedra Branca, em Vargem Alta
Entrada gratuita
Classificação livre
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