Live da SEDH: lançamento de livro sobre enfrentamento ao racismo por meio da educação
A Secretaria de Direitos Humanos (SEDH), por meio da Gerência de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Gepir) e da Subsecretaria de Políticas para as Mulheres (SubPM), promoveu o lançamento do livro “O Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana”, na tarde dessa quarta-feira (31). O evento ocorreu em formato on-line, com a participação da autora Ione Aparecida Duarte Santos Dias, e integrou a programação do Mês das Mulheres.
Durante o lançamento, a autora falou sobre o processo de elaboração do livro, que é resultado de uma pesquisa de mestrado da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
“Pensamos no livro, porque é um meio de compartilhar a nossa pesquisa. É um livro pensado para professores e professoras, abordando várias questões ligadas ao racismo que podem ser abordadas em sala de aula, todas com embasamento teórico. Ao longo de nossa pesquisa, percebemos que as situações de racismo ficam marcadas e quem as vivem não esquece. São situações que ocorrem desde a infância. Tem casos que não são apenas bullying, são atos de racismo mesmo e isso precisa ser enfrentado”, defendeu a autora.
A pesquisa transformada em livro aponta a necessidade da implementação de currículos escolares que sejam ricos na perspectiva da diversidade, apresentando a importância de se garantir, em sua organização, a inserção do ensino da história e cultura africanas e afro-brasileiras.
A gerente de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Edineia Conceição de Oliveira, falou sobre importância desse estudo e da publicação.
“Quantas meninas não sonharam em ser modelo, mas não tinham uma referência negra? Quantas não sonhavam em ser paquitas, mas a mídia induzia que só podiam as meninas brancas e loiras. Hoje, podemos dialogar sobre essas questões com as crianças e falar que essa menina tem o direito de falar, de questionar, que isso é muito importante. É uma questão que passa direto pela educação e a contribuição da Ione, por meio do livro, fomenta muito essa discussão”, disse Edineia Oliveira.
A gerente de Políticas para as Mulheres, Bernadete Baltazar, defendeu a abordagem do racismo nas escolas, passando também pela realidade da violência contra as mulheres.
“Precisamos entender as mulheres em suas diversidades e esses atravessamentos que são impostos em relação à mulher negra impactam na questão da violência contra as mulheres. As mulheres negras são as que mais acabaram sofrendo violência e é fato que precisamos trabalhar isso, por meio da educação, trabalhar as crianças, e levar esse debate para dentro das escolas, para impactar de diferentes formas”, reforça Bernadete Baltazar.
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