29/07/2010 14h35 - Atualizado em 24/01/2019 12h06

Livro sobre o ex-governador Carlos Lindenberg é lançado no Palácio Anchieta

O livro "Carlos Lindenberg - O Estadista e Seu Tempo", de Amylton de Almeida, foi lançado na noite desta quarta-feira (28), durante solenidade realizada no Palácio Anchieta. O evento contou com a presença do governador Paulo Hartung, de familiares e amigos do ex-governador, autoridades federais, estaduais e municipais, além de pesquisadores, professores e membros da equipe de Governo.

Parte da História do Espírito Santo foi recuperada com a edição da publicação, uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em parceria com o Instituto Sincades.


Em 512 páginas, a edição conta passagens da vida e da administração de Carlos Lindenberg, governador do Estado por duas vezes: de 1947 a 1950 e em 1959 a 1962. O livro, escrito pelo jornalista Amylton de Almeida, que faleceu em 1995, ficou guardado por 22 anos. Recentemente, a obra foi organizada e complementada pelos historiadores e professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Estilaque Ferreira dos Santos e Fernando Achiamé, com revisão e edição de texto do escritor Reinaldo Santos Neves.

Além dos textos, a obra é ricamente ilustrada e também conta a história através de 240 fotos, cedidas pela família do ex-governador e pelo Arquivo Público do Estado.  O livro não será vendido. Vai ser doado para todas as bibliotecas públicas do Espírito Santo e para as principais bibliotecas e centros culturais do país.

História capixaba

A publicação deste livro faz parte de um projeto do Governo do Estado, em parceria com o Instituto Sincades, com o intuito de recuperar a memória dos principais governadores que mudaram o ciclo de desenvolvimento do Espírito Santo e esta é a primeira obra do projeto.
 
Para o governador Paulo Hartung, a história capixaba recente ainda é pouco retratada em pesquisas e publicações, algo injustificável, em função do caráter estratégico daquelas décadas para a definição dos dias atuais. “O nosso presente é, em larga medida, o futuro que se vislumbrou e se plantou naqueles tempos. Tempos em que Carlos Lindenberg se colocou, a partir de uma precoce incursão no universo da política, como uma das lideranças mais destacadas da moderna história capixaba”.

 Hartung enfatizou que é preciso superar o déficit de conhecimento que temos da nossa história e ressaltou que, desde que chegou ao Governo, em 2003, deu início à publicação de importantes livros  sobre a história do Espírito Santo, que estavam com suas edições esgotadas.

“Agora estamos publicando também títulos que são inéditos, como esse do Dr. Carlos Lindenberg, produzido pelo saudoso jornalista Amilton de Almeida, há mais de 20 anos. Daqui a pouco vamos publicar outra obra, contando a história do ex-governador Cristiano Dias Lopes e uma outra sobre a trajetória do empresário Américo Buaiz, que foi um empreendedor importante para o nosso Estado. Tenho certeza de quem vai ganhar com isso é a população capixaba, os estudantes, os pesquisadores, que vão poder mergulhar em direção à história para fortalecer a sua ação no presente e construir um futuro de prosperidade compartilhada”, pontuou.

Atuação política

O livro "Carlos Lindenberg - O Estadista e Seu Tempo” permite ao leitor compreender melhor o significado da atuação de Carlos Lindenberg como um dos grandes líderes políticos da história do Estado.

“Com este livro de Amylton de Almeida o leitor vai conhecer melhor Carlos Lindenberg, um homem que soube compatibilizar verdadeiramente a paixão do agir com o sentimento de responsabilidade e com o senso de proporção”, diz Estilaque Ferreira dos Santos.

Estilaque conta que o livro vai mostrar como a atuação de Lindenberg foi importante ao buscar o equilíbrio necessário entre o mundo agrário e a modernização. “O leitor compreenderá que a decisão de Lindenberg no sentido de buscar a inserção do Espírito Santo na industrialização do País e do mundo, ainda que de forma incipiente, mantendo ao mesmo tempo o interesse na preservação de sua estrutura produtiva rural, que ainda hoje é base do equilíbrio social do Estado, representou uma sábia e necessária política”, avalia Estilaque.

Para Fernando Achiamé, este livro é um ponto de partida, apresenta a versão do biografado, que fazia muita falta na historiografia capixaba. “A obra possui o mérito de, por um lado, humanizar um “monstro sagrado”, um mito da política espírito-santense, apresentando um lado prosaico, comum de sua vida. Por outro, permite que as pessoas que não conhecem a história dessa personalidade fiquem sabendo os motivos de ele ser considerado um estadista espírito-santense”, diz.
 
De acordo com o historiador, quer se goste da figura política de Carlos Lindenberg, quer se tenha alguma restrição às suas ações, não se pode ignorar que sua presença ficará nos registros da vida capixaba. “Não se poderá escrever a história espírito-santense de boa parte do século XX sem se fazer um balanço dos prós e contras que representou nos nossos destinos essa liderança ímpar”, defende Achiamé.

História

Carlos Fernando Monteiro Lindenberg nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, em 13 de janeiro de 1899. Aos 21 anos, candidatou-se a prefeito de sua terra natal, ficando em segundo lugar.
 
Homem do campo, ocupou o cargo de secretário da Fazenda e da Agricultura, nos anos 30, tendo vislumbrado novas técnicas agrícolas, a mecanização da lavoura e a seleção de espécies para os rebanhos.
 
Exerceu o cargo de governador do Estado do Espírito Santo por dois mandatos, de 1947 a 1951 e em 1959.
 
No dia 25 de novembro de 1974, Carlos Lindenberg despediu-se da vida pública. Em 1991, faleceu aos 91 anos.



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