05/10/2010 12h10 - Atualizado em 21/01/2019 15h50

Maes recebe exposição 'Nuno Ramos: Só Lâmina' nesta terça (05)

O Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Espírito Santo (Maes), no Centro de Vitória, recebe nova mostra nesta terça-feira (05), com realização da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em parceria com o Serviço Social do Comércio do Espírito Santo (Sesc-ES). Nuno Ramos, escultor, pintor, desenhista, cenógrafo e ensaísta dá seu nome à exposição, “Nuno Ramos: Só Lâmina”, que será aberta oficialmente às 19 horas. A entrada é franca.

A exposição é dividida em três partes: “Só Lâmina”, “Luz Negra” e “Carolina”. Cada uma delas representa e exemplifica uma dimensão importante e significativa da extensa obra de Nuno Ramos.

“Só Lâmina” faz parte da intensa pesquisa que Nuno, desde os anos 80, vem desenvolvendo a respeito das possibilidades que existem para a superfície bidimensional da tela. São onze desenhos, que mostram forte atração que o artista sente pelo literário e o modo como este empolga sua imaginação plástica. Nos trabalhos ele utiliza a poesia “Uma Faca Só Lâmina” de João Cabral de Melo Neto.

Mais recentemente, Nuno Ramos se apropria de outro material, já não pertencente à esfera visual, mas auditiva: o som; que pode ser música como no caso de “Luz Negra”, com caixas acústicas enterradas no chão de onde sai a voz de Nelson Cavaquinho, cantando Juízo Final. Ou simplesmente uma sequência de frases gravadas que sugerem um pouco do repertório de tudo que se fala diariamente numa grande cidade; e a interminável e bela cacofonia íntima da metrópole, que uma ausente ouvinte, “Carolina”, escuta.

O artista

Nuno Ramos nasceu em São Paulo, em 1960. Escultor, pintor, desenhista, cenógrafo, ensaísta e videomaker, ele cursou filosofia na Universidade de São Paulo (USP), de 1978 a 1982.  Trabalhou como editor das revistas Almanaque 80 e Kataloki, entre 1980 e 1981.

Pagão é uma das obras que estará na exposição.

Começou a pintar em 1983, quando fundou o Ateliê Casa 7, com Paulo Monteiro (1961), Rodrigo Andrade (1962), Carlito Carvalhosa (1961) e Fábio Miguez (1962), grupo de grande importância na cena paulistana e que existiu até 1985.

Participou da XVIII Bienal Internacional de São Paulo, em 1985, a primeira de muitas que viria participar. Nuno realizou seus primeiros trabalhos tridimensionais em 1987. No ano seguinte, recebeu do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP) a primeira Bolsa Émile Eddé de Artes Plásticas.

Em 1992, expôs pela primeira vez a Instalação 111, que se refere ao massacre dos presos na Casa de Detenção de São Paulo (Carandiru) ocorrido naquele ano. Publicou em 1993, o livro em prosa “Cujo” e, em 1995, o livro-objeto “Balada”. Em 2000, Nuno venceu o concurso realizado em Buenos Aires, na Argentina, para a construção de um monumento em memória aos desaparecidos durante a ditadura militar naquele país. Em 2001, publicou o livro de contos “O Pão do Corvo”.

Para compor suas obras, o artista emprega diferentes suportes e materiais, e trabalha com gravura, pintura, fotografia, instalação, poesia e vídeo. Em 2007, Nuno publicou “Ensaio geral”, uma coletânea de ensaios e projetos. 



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