Maio Amarelo: CFCs e instrutores de trânsito debatem formação do condutor
O Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran|ES) participou, na manhã desta sexta-feira (11), do Seminário “O papel do instrutor na formação de novos condutores para a redução de acidentes de trânsito”, promovido pela representação oficial do Movimento ‘Maio Amarelo’ no Estado, que este ano tem o tema “Nós somos o trânsito”.
O evento, realizado no auditório do edifício América Centro Empresarial, em Vitória, foi voltado para os Centros de Formação de Condutores (CFCs) credenciados ao Detran|ES e para os instrutores de trânsito que ministram as aulas para os candidatos à habilitação. Além da diretoria do Detran|ES, participaram do evento a representante oficial do Maio Amarelo no Espirito Santo, Jakeline Frizzera, representantes das secretarias de Segurança Urbana e de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana da Prefeitura Municipal de Vitória, do Sindicatos dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) (Sindauto) e do Sindicato dos Instrutores de Trânsito.
Na abertura do seminário, o presidente do Sindauto, Anderson Perozini, destacou a importância do evento para a reflexão do setor acerca do seu papel na redução dos acidentes de trânsito. “Os instrutores de trânsito, como formadores dos futuros condutores, são os atores mais importantes no processo de humanização do trânsito e contribuição para redução do número de mortes”, disse.
Na sequência, o diretor-geral do Detran|ES, Romeu Scheibe Neto, reforçou o importante papel dos CFCs e dos instrutores de trânsito. “Vocês têm uma grande responsabilidade social de passar os conceitos de um trânsito mais seguro para os jovens e pessoas que querem se habilitar e de preparar esse candidato para fazer a prova e se tornar um condutor, a função de instruir para que esse indivíduo tenha conhecimento e segurança para não tornar o veículo uma arma quando estiver no nosso trânsito”, destacou.
Ele alertou, ainda, para a necessidade de envolvimento da sociedade e da mudança de comportamento para que as mortes no trânsito deixem de fazer parte do cotidiano das pessoas. “No Espírito Santo, são 118 acidentes diários. São pessoas perdendo a vida, famílias perdendo seus entes queridos, além de um custo enorme para a saúde pública e para a sociedade. É um desafio muito grande e essa ação tem que nascer na sociedade. Nós somos os responsáveis pela nossa conduta, pelas nossas decisões erradas no trânsito. É um processo de mudança cultural difícil e lento, mas nós temos que continuar fazendo a nossa parte todos os dias para mudar essa realidade”, disse.
Palestras
O gerente de Formação da Guarda Civil Municipal de Vitória, Bruno Medeiros Loureiro, abordou o tema “Reflexões sobre o comportamento do Brasileiro no Trânsito”, fazendo um paralelo sobre a cultura e o comportamento no trânsito e destacando como o fator humano potencializa a possibilidade de acontecer um acidente. “A desatenção do condutor e o desrespeito à legislação são responsáveis por 90% dos acidentes de trânsito. A principal consequência de não cumprir as regras é a falta de segurança, os mortos e feridos no trânsito”.
Ele também apresentou a evolução do número de acidentes ao longo dos anos. “Percebemos que somente quando há uma modificação da legislação, em termos de endurecer a punição, que há uma mudança de comportamento e redução de acidentes, mas logo esse número volta a subir. A mudança de comportamento é necessária. Precisamos cobrar os órgãos governamentais, mas fazer a nossa parte é imprescindível. Os instrutores de trânsito são essenciais para mudar esse quadro”, disse.
A palestra seguinte foi do diretor de Habilitação e Veículos do Detran|ES, José Eduardo de Souza Oliveira, com o tema “Os desafios a serem enfrentados na formação do condutor a partir dos avanços tecnológicos”, destacando a utilização da tecnologia no processo de formação e a importância do papel dos instrutores de trânsito para conscientizar e formar os futuros condutores. “A função de vocês não é apenas passar para os alunos as regras de trânsito e ensinar a conduzir um veículo. É importante repassar a experiência, mostrando as consequências das decisões erradas no trânsito para que esses alunos não sejam mais uma vítima no trânsito ou provoquem um acidente”, disse.
O diretor demonstrou ainda a evolução da tecnologia no processo de habilitação com a inclusão ao longo dos últimos anos da biometria, da prova teórica digital, do simulador de direção veicular, da CNH digital e, mais recentemente, da telemetria. “Todas essas tecnologias vêm para dar mais segurança e padronização ao processo de habilitação. Com a telemetria, será feito o acompanhamento eletrônico das aulas práticas de direção veicular, garantindo o cumprimento da carga horária e o acompanhamento da evolução do aluno. Isso vai contribuir diretamente para a formação de condutores mais preparados para realizar o exame e para ir para as vias”, acredita.
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