Maioria dos atendimentos no Hospital Estadual Central é por acidente de trânsito
Com quase oito meses de funcionamento, o Hospital Estadual Central, instituição da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), já realizou 1.814 cirurgias ortopédicas e vasculares. A maioria dos atendimentos é resultado de acidentes de trânsito, que somam 43% dos procedimentos realizados no hospital.
De dezembro de 2009 a julho deste ano, foram feitos ainda 3.308 consultas e 51.654 exames. Um total de 1.816 pacientes foram internados na unidade, o que representa uma média de 227 pacientes ao mês. O Central já conquistou três certificados Ouro e tem uma média de 94% de satisfação do público.
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Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (10) pelo Secretário do Estado de Saúde, Anselmo Tozi. Estiveram presentes o governador Paulo Hartung, o prefeito de Vitória, João Coser, o vice-prefeito, Sebastião Barbosa, o diretor-geral do hospital, Edemir Beltrami, subsecretários, gerentes e coordenadores da Sesa, diretores de hospitais e representantes de instituições da área da saúde, entre outros.
Os dados mostram que o Central, inaugurado no último dia 15 de dezembro, vem cumprindo o papel para o qual foi construído, que é o de atuar como retaguarda dos hospitais estaduais Dório Silva, Bezerra de Faria e São Lucas, na realização de cirurgias ortopédicas e vasculares de média e alta complexidade. O Centro de Diagnóstico atende a pacientes externos, oferecendo exames de tomografia computadorizada, raio X, endoscopia, colonoscopia e ultrassonografia.
Durante a apresentação, Anselmo Tozi, destacou o trabalho dos profissionais da Sesa e do hospital envolvidos na missão de fazer do Hospital Estadual Central referência no Estado. “Quero agradecer a todos pela dedicação ao serviço oferecido nesta unidade. Estamos aqui comemorando o sucesso deste trabalho, que trouxe para a comunidade capixaba, este novo serviço em saúde, que se destaca pela qualidade e excelência”, afirma.
Exclusividade
Além dos números dos atendimentos, o secretário falou sobre os procedimentos realizados na unidade. O Hospital Estadual Central se tornou referência na rede para três procedimentos que são feitos de forma exclusiva na unidade para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). São eles as cirurgias do úmero proximal, que repara o osso do braço próximo ao ombro; do acetábulo, que trata do osso quebrado da bacia, próximo ao fêmur; e do plexo braquial. Esta última é um procedimento neurológico para restabelecer os nervos do braço.
O governador Paulo Hartung afirmou que é muito importante ver a evolução dos serviços prestados à sociedade pelo Hospital Central. “Essa unidade foi uma linha tortuosa até ser entregue à sociedade. Para que pudesse apresentar os resultados que vimos hoje foi necessário o envolvimento de muitos profissionais, pois se trata de uma experiência nova de gestão”.
Hartung enfatizou que para superar os desafios da saúde pública no país é preciso concentrar esforços em duas frentes. “Os recursos destinados à saúde pública no Brasil são insuficientes e, além disso, temos o problema da má aplicação desse dinheiro. Por isso, precisamos melhorar a qualidade na gestão e aumentar os recursos para o setor”, defendeu.
O governador ressaltou que desde o início do primeiro mandato o Governo tem trabalhado para reestruturar todo o setor de saúde no Espírito Santo, lançando mão, inclusive, de novos modelos de gestão, como o implantado no Hospital Central. “Com muito trabalho, planejamento e organização reconquistamos as condições necessárias para oferecer serviços de qualidade ao cidadão, desde o atendimento básico até o atendimento de maior complexidade”, pontuou.
Hartung destacou a importância da parceria com os hospitais filantrópicos, que possibilitou, entre outras coisas, a abertura de novos leitos. “Essa parceria com 47 hospitais filantrópicos está valendo a pena. Conseguimos abrir novos leitos e evitar o fechamento de outros, complementando a tabela do SUS. Também financiamentos a implantação de uma ferramenta gerencial de controle, que vem ajudando os hospitais a aperfeiçoarem a gestão”, concluiu.
Após a apresentação do balanço, as autoridades presentes realizaram visita nas enfermarias, no Centro de Diagnóstico e no Acolhimento com Classificação de Risco.
Satisfação
Pesquisa realizada mensalmente desde a abertura do hospital mostra que a média de satisfação dos clientes do hospital é de 94%, com destaque para serviço de hotelaria, que ficou em primeiro lugar com índice de aceitação de 98,46%. Além disso, o hospital tornou-se o único da rede pública e privada capixaba a contar com três Certificados Ouro por seguir normas internacionais de Esterilização de Materiais Cirúrgicos, de Tricotomia Segura e Fixação Segura de Cateter. O certificado é concedido pela empresa 3M e segue padrões e guias de orientação nacional e internacional.
Perfil
O Hospital Estadual Central tem um perfil diferenciado de atendimento e administração, o que proporciona maior eficiência na prestação do serviço aos usuários do SUS. A unidade começou a funcionar com 25 leitos, incluindo dez de Unidade e Terapia Intensiva. A Ortopedia foi a primeira especialidade a atuar e, na sequência, foram iniciados os atendimentos em cirurgia vascular. As especialidades de neurocirurgia e cirurgia torácica, que serão implantadas nos próximos meses, completarão o perfil do hospital.
Atualmente, a unidade conta com dez leitos de UTI, 93 leitos de enfermaria, cinco centros cirúrgicos, sala de Acolhimento, Setor de Imagem, Agência transfusional, Laboratório Clínico, Central de Material Esterilizado e Centro de Diagnóstico.
No último mês, teve início o Grupo Ecumênico da Saúde. Trata-se de um grupo formado por voluntários de quatro religiões – espírita, católica, luterana e presbiteriana, que, entre outra atividades, realiza visitação aos leitos, suporte espiritual aos pacientes e cultos na capela.
Estrutura e investimento
Quando estiver funcionando com sua capacidade total, o hospital, que é 100% público, terá capacidade para 760 internações por mês. São 9.496 metros quadrados de área construída em oito pavimentos, que abrigam 10 enfermarias; 05 consultórios, ampla UTI, centro cirúrgico com cinco salas, posto de coleta, laboratório, farmácia, sala de gesso, cinco salas de espera para visitante, entre outros espaços.
Foram investidos R$ 41 milhões e o custeio é da ordem de R$ 38 milhões por ano. Todo o acesso é regulado pela Sesa, por meio da Central de Regulação de Internação, que está utilizando protocolo on-line. O Hospital Estadual Central faz parte da Política de Expansão e Modernização da Rede Hospitalar da Sesa.
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Alessandra Fornazier/ Fernanda Porcaro/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel dÁvila
Texto: Fernanda Porcaro
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