Mecanização agrícola em pequenas propriedades rurais é discutida durante Congressos
A mecanização na produção agrícola em pequenas propriedades rurais foi um dos temas debatidos nesta quarta-feira (28), no IX Congresso Latino-Americano e do Caribe de Engenharia Agrícola (CLIA), e do XXXIX Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola (CONBEA), que este ano é organizado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria do Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). Pesquisadores e profissionais da área discutiram, no evento que acontece no Centro de Convenções de Vitória, as vantagens da utilização de máquinas e tratores na produção agrícola de pequenos produtores rurais, onde predomina a horticultura e a fruticultura.
“A agricultura é uma atividade econômica fundamental para a sociedade e a mecanização agrícola, bem planejada, favorece o desenvolvimento econômico e social”, afirmou o palestrante, professor da Universidad Politécnica de Madrid, Dr. Luis Márquez Delgado.
Segundo ele, tratores com uma potência considerada média (50cv) são ideais para o trabalho em propriedades com menos de 40 hectares, pois pode aumentar a produtividade em até quatro vezes em relação à produção manual, e mantendo um custo de manutenção baixo para o trabalhador rural. O professor afirma que uma máquina pode trabalhar cerca de 400h/ano durante cerca de 12 anos. O custo aproximado de manutenção de um trator nesses padrões, fica em torno de R$30,00 por hora.
Entretanto, o espanhol alerta que deve-se avaliar o tamanho do trator em relação ao tamanho das propriedades em que serão utilizados, porque muitos proprietários compram tratores maiores, com maior consumo de combustível e alto custo de manutenção do que o necessário para sua produção.
Uso comum de tratores
Caso o produtor rural não tenha condições de adquirir um trator, o Dr. Luis Márquez mostra alternativas para o trabalhador rural, como fazer uso comum de tratores através de cooperativas ou empresas prestadoras de serviço. Ele revela que apesar de haver menor disponibilidade da máquina, dessa forma o custo para manter um trator cai em média 15%. Esse método de trabalho é voltado para produtores de pequeno porte e a agricultura familiar, que é uma das atividades de maior intensidade na agricultura do Espírito Santo.
Por fim, o professor revela a limitação da mecanização agrícola em regiões montanhosas, mas apresentou modelos específicos e também algumas adaptações de tratores comuns para realizar o transporte das colheitas nas propriedades em locais acidentados.
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Texto: Leandro Abreu
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