22/11/2010 23h00 - Atualizado em 16/01/2019 13h27

Membros do Grupo Interconfessional se reúnem para planejar ações do próximo ano

O Grupo de Trabalho Interconfessional do Sistema Prisional reuniu, nesta segunda-feira (22), 38 representantes de entidades religiosas para discutir a assistência prestada nas penitenciárias e nos centros de detenção provisória do Espírito Santo. O evento, realizado na Casa dos Direitos, contou com a participação do secretário de Estado da Justiça, Ângelo Roncalli, e da diretora de Ressocialização do Sistema Penal, Quésia da Cunha Oliveira.

Um dos objetivos da reunião era planejar a realização do Fórum Inter-Religioso de Ressocialização, previsto para o próximo ano. Para a coordenadora do Grupo Interconfessional, Maria Jovelina Debona, a proposta é incluir a assistência religiosa fora das unidades prisionais. “Os grupos querem trabalhar dentro do presídio, onde a disciplina é mais fácil. Mas nós queremos que eles possam dar assistência aos familiares dos detentos, por exemplo, que sofrem para enfrentar as drogas aqui fora”, defende.

A presidente da Federação Espírita do Estado do Espírito Santo, Dalva Silva Souza, aprova a iniciativa. “Entendemos que é preciso ir de encontro às dificuldades, e não apenas no sistema prisional. Queremos praticar a fraternidade. acolhendo o preso no momento da saída do presídio”, explica. “O preso não pode sair da mesma forma que entrou. Por isso aprendemos sobre o trabalho de educação que é feito, e incentivamos isso, para que tudo sirva para melhorar o ser humano preso”, argumenta o representante da Pastoral Carcerária da Igreja Católica, Almir Antônio Segatto.

A diretora de Ressocialização enfatiza a importância do trabalho do Grupo Interconfessional e destaca a união das diferentes denominações dentro do Sistema Penal. “A assistência religiosa tem um efeito estruturante para o sujeito privado de liberdade, amenizando o sofrimento e elevando valores humanos. O trabalho do Grupo Interconfessional é muito eficiente, porque consegue colocar lado a lado católicos, evangélicos e espíritas”, detalha.

Segundo a também coordenadora do Grupo Interconfessional, Ana Maria Caraoche, ao fim das reuniões, todos saem com um mesmo foco de tratamento. “É natural que cada igreja tenha a sua doutrina, mas aqui buscamos que todos possam atender ao objetivo da Sejus: contribuir para a saudável reinserção do preso na sociedade por meio da mudança de valores”, enfatiza Caracoche.

Grupo Interconfessional

Criado em 2008, o Grupo Interconfessional finaliza o ano de 2010 com 25 grupos religiosos parceiros, totalizando mais de 400 voluntários. Antes de ingressar nas unidades prisionais, os interessados em participar passam por capacitações periódicas, incluindo aulas sobre normas de visita, assistência jurídica e tolerância religiosa. Mensalmente, temas estratégicos, definidos pelo Grupo Interconfessional, são abordados nas palestras: arrependimento, perdão, casamento, família e filhos são alguns deles.



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