Quatro adolescentes do Centro Socioeducativo de Atendimento ao Adolescente em Conflito com a Lei (CSE), do Instituto de Atendimento Sócio-Educativo do Espírito Santo (Iases), apresentaram trabalhos sobre seus ‘Projetos de Vida’ na manhã desta quinta-feira (28).

Os adolescentes lembraram problemáticas de infância e adolescência, que os levaram ao ato infracional, e traçaram metas para o futuro após o cumprimento da medida socioeducativa de internação.

Os adolescentes abordaram os seguintes assuntos: ‘A vida é muito boa para se perder: aja certo para não se arrepender’; ‘A inclusão social e as barreiras enfrentadas’; ‘A Possibilidade de uma nova vida’; e ‘Consequências que a vida do crime me trouxe’.

Os trabalhos foram apresentados para uma plateia formada por socioeducandos, familiares dos adolescentes e socioeducadores. Uma ‘banca examinadora’ foi formada pelo representante do Iases no CSE, Rodrigo Trindade, profissionais da Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis), que administra o Centro por meio de um contrato firmado com o Iases, e também pela coordenadora do curso de Direito do Centro Universitário de Vila Velha (UVV), Maria Ângela Soares.

A convidada da UVV parabenizou a desenvoltura dos adolescentes expondo seus projetos de vida, metas para o futuro. "Hoje vivenciei uma aula de humanidade com histórias de vida impressionantes e emocionantes. É visível a mudança de vida desses adolescentes e a preparação para cumprimento das metas de vidas para buscar um futuro melhor”, disse.

Modelo

A elaboração e apresentações de trabalhos sobre ‘Projeto de vida’ dos socioeducandos, que cumprem medida socioeducativa de internação no CSE, representa uma das etapas do programa de atendimento realizado no local, com base no Modelo Pedagógico Contextualizado (MPC).

Os trabalhos são elaborados em formato de uma monografia acadêmica, seguindo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) utilizadas nas faculdades para a obtenção do diploma. Os adolescentes contam também com orientação de um socioeducador da Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis), organização que realiza a gestão do CSE.

O MPC é um programa de atendimento socioeducativo de autoria de Gerardo Mondragón, diretor executivo da Acadis, que tem como objetivo oferecer intervenção integral aos adolescentes em conflito com a lei e com suas famílias, por meio de processos pedagógicos, socioterapêuticos, sistêmicos e reflexivos que permitam sua reabilitação e readaptação, ampliando também as possibilidades de desenvolvimento social e econômico.