23/01/2017 15h30 - Atualizado em 23/01/2017 15h20

Movimentos Sociais fazem ato ao Dia de Combate à Intolerância Religiosa

O Fórum Capixaba em Defesa da Liberdade e da Diversidade Religiosa realizou, no sábado (21), um ato inter-religioso alusivo ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. O espaço contou com a presença de diferentes movimentos sociais e a participação do secretário de Estado de Direitos Humanos, Julio Pompeu. A ação aconteceu na Praia de Camburi, em Vitória, no primeiro píer da orla.

 

“A intolerância religiosa é, sem dúvida, uma violência que atinge com mais frequência adeptos do Candomblé e da Umbanda, entre outras religiões de matriz africana. Mas está longe de ser um problema apenas de quem segue essas crenças. Para todas as religiões há casos de intolerância registrados em nosso país”, salientou o secretário Julio Pompeu.

 

E o número de denúncias dobrou entre 2015 e 2016, saltando de 155 para 300 casos registrados no período de janeiro a setembro, no comparativo desses dois anos, segundo dados da Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça.

 

“Tolerar é aceitar a diferença. É saber conviver e dialogar. Também é aceitar que apesar de todas as nossas crenças, aqueles que são diferentes ao seu convívio ou às suas tradições, seja lá qual for a diferença, é tão digno de viver segundo sua identidade e convicções quanto nós mesmos. Numa sociedade, ou todos são tidos como dignos e, portanto, merecedores de respeito e tolerância, ou ninguém o é”, defendeu o secretário.

 

Combate

O dia 21 de janeiro é um dia de reflexão da luta pela diversidade entre as religiões e pela cultura de paz entre as pessoas de diferentes credos e religiões. Nessa data, no ano 2000, falecia em Salvador, na Bahia, Mãe Gilda, Iyalorixá fundadora do Ilê Axé Abassá de Ogum. Poucos meses antes, um jornal religioso publicara uma matéria difamatória ilustrada com uma foto de Mãe Gilda. Não era um ataque pessoal à Iyalorixá, mas ao Candomblé, à Umbanda e aos seus sacerdotes e crentes, de uma forma geral.

 

Como consequência, o terreiro de Mãe Gilda, ela e os frequentadores do local passaram a sofrer injúrias e ataques diversos. O caso ganhou repercussão nacional, e, em 2007, por meio da Lei Federal 11.635, o dia 21 de janeiro foi declarado Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.

 

 

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