Matéria publicada na coluna George Vidor, do jornal O Globo, desta segunda-feira, 02 de agosto de 2010

O Espírito Santo sofreu muito com a crise financeira internacional em 2008/2009, mas também a recuperação da economia capixaba foi veloz.

No primeiro trimestre deste ano, o ES cresceu nada menos que 18% (quase 6% em relação aos três meses anteriores).

O governador Paulo Hartung se orgulha de encerrar seus oito anos de mandato resolvendo as pendências financeiras da administração fiscal, entre as quais uma disputa de ICMS com São Paulo que se arrastou por quase 20 anos.

O estado já foi um dos mais pobres da federação, a ponto de ser incluído, excepcionalmente, entre os que poderiam receber incentivos fiscais semelhantes aos do Nordeste.

Mas nesta última década houve uma expressiva redução da pobreza absoluta (o número de pessoas bem pobres e miseráveis diminuiu de 930 mil para 510 mil, correspondendo agora a 15% da população), embora a concentração na Grande Vitória tenha agravado problemas decorrentes da urbanização descontrolada, como a violência e a criminalidade.

A economia capixaba vivia do café. O estado hoje já é o segundo produtor de petróleo do país e tem a garantia que abrigará um novo pólo gás-químico. O petróleo também vem dinamizando a região sul, especialmente com a exploração do pré-sal. Os terminais marítimos para escoamento de minérios deve fazer com que o ES ganhe novas siderúrgicas em futuro não distante.