No Dia da Mulher, auditora dá exemplo de superação e amor à vida
Na vida da auditora Simony Pedrini Nunes Rátis, de 47 anos, tem espaço para tocar mil projetos no trabalho, ser mãe de dois, participar ativamente da igreja e ainda enfrentar, com o sorriso largo que é a sua característica mais marcante, as dificuldades ao longo do caminho.
Para ela, o grande barato da vida é fazer acontecer. A auditora começou quebrando paradigmas: a contabilista ingressou na carreira no Estado por meio de concurso em 1995, quando tinha apenas 23 anos. De cara, foi requisitada pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e participou, por dois anos, da implantação do Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios (Siafem). Ao final, em 1997, assumiu, aos 25 anos, a responsabilidade do cargo de contadora-geral do Estado, função na qual ficou até 2010, quando retornou à Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont).
Se ainda hoje a presença de mulheres nesta área é pequena, na época elas podiam ser contadas nos dedos de uma mão. Nos congressos e encontros nacionais da área, ela era, aos olhos dos colegas mais velhos e homens, a “menininha da contabilidade”. Decidida a conquistar o respeito na profissão que abraçou e que ama, Simony Rátis trilhou o caminho da qualificação: fez duas pós-graduações e, em 2012, concluiu o mestrado na área de Controladoria e Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
Enquanto tudo isso acontecia, teve dois filhos – o mais velho, Gustavo, com 18 anos, e o caçula, Henrique, de 17 – e conciliou a maternidade com a carreira no Estado e os estudos. Como se não bastasse todas as demandas da família e da carreira, ela também dá aulas em cursos de graduação e de especialização e nunca deixou de lado as tarefas na igreja, onde é catequista e ministra da Eucaristia.
“Na época do mestrado o jeito era estudar até de madrugada”, conta. O filho mais novo nasceu em fevereiro, em plena época de fechamento de balanço e, por causa de uma infecção viral adquirida na gravidez, passou 28 dias na UTI Neonatal. Ela assinou os documentos que ainda faltavam na maternidade mesmo. Henrique perdeu a audição como consequência da doença e passou por uma série de cuidados especiais. Foi um baque, mas a família superou. “Hoje ele está ótimo, fez um implante coclear”, comemora a mãe.
A capacidade de se superar e a fé inabalável foram novamente postas à prova e aprovadas com louvor em maio de 2018. Durante um exame de rotina, Simony Ratis recebeu uma notícia temida pelas mulheres: o diagnóstico de um câncer de mama.
Foram oito meses de quimioterapia e cirurgia, ao longo dos quais foi preciso se afastar do trabalho. “Acredito que tudo na vida tem um propósito. Quando o Henrique nasceu, a minha família, que já era maravilhosa, teve que evoluir e aprender a lidar com uma criança que precisava de cuidados especiais. Já o câncer me fez pisar no freio. Continuo amando o que faço e nem penso em parar, mas também passei a cuidar de mim”, conta.
O susto a fez rever hábitos, a voltar para a academia e controlar a alimentação. “Eu antes fazia parte de todos os grupos e comissões no trabalho. Agora não me envolvo em tanta coisa, quero me priorizar um pouco”, diz, observando que a fé ajudou a ela, aos filhos e ao marido César, com quem é casada há 23 anos, a encararem a doença com mais tranquilidade.
De volta ao trabalho, ela agora encara um novo desafio. “Voltei e assumi a coordenação de Governança, Auditoria e Gestão. É um trabalho diferente do que fiz nesses anos todos, pois visa mais a prevenção”, diz. Os olhos brilham ao falar da nova função e ela já planeja voltar a estudar. “Essa área é o futuro. E eu estou pronta para encarar mais esse desafio”, conta, determinada.
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