18/11/2020 11h39

Novembro Roxo: Himaba promove bate-papo virtual sobre prematuridade em tempos de pandemia

Referência no tratamento e atendimento aos bebês prematuros no Espírito Santo, o Hospital Estadual Infantil e Maternidade Dr. Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, administrado pelo Instituto Gnosis, promoveu, nessa terça-feira (17), um bate-papo virtual sobre a prematuridade e o contato familiar em tempos de pandemia. A ação faz parte das comemorações do Novembro Roxo, mês de conscientização sobre a prematuridade.

A conversa on-line contou com a participação de diversas mães que já foram atendidas na unidade. A psicóloga do Himaba Tatiana Vieira Oliveira iniciou o encontro abordando as estratégias parentais para lidar com os desafios da Covid-19.

“Neste período que estamos vivendo, vieram as dúvidas da puérpera com as questões sobre o novo Coronavírus. Quando a gente entende o que é a pandemia, o que é esse vírus, começa a entender também que mãe não é perigo para o filho. Tomando todos os cuidados de precaução, a amamentação acontece tranquilamente, já que o vírus não passa para a criança pelo leite materno”, explicou Tatiana Oliveira.

Mesmo com a confirmação de contaminação para a Covid-19, a mulher pode amamentar. As recomendações são lavar as mãos por, no mínimo, 20 segundos sempre que for tocar o bebê ou retirar o leite e fazer uso de máscara, tocando em caso de tosse ou espirro.

A psicóloga do Himaba falou ainda sobre a diminuição da disponibilidade de familiares e amigos, devido ao isolamento social. “Devemos manter o bebê seguro e isolado com a mãe; evitar o contato pessoal com menos gente possível e utilizar as pessoas que convivem na mesma casa como parceiras, mas não deixar de ter o contato, seja por telefone ou vídeo. O isolamento é físico, mão não precisa ser afetivo. No início da vida de um bebê, o que mais ele carece é ter disponibilidade física e afetiva de um adulto para atender suas necessidades”, ressaltou Tatiana Oliveira.

No final do bate-papo, algumas mães tiveram a oportunidade de dar depoimentos sobre como se sentiram e como foi o primeiro contato com o seu bebê prematuro. Uma delas foi Fernanda Miranda, que teve a filha Isabeli há 14 anos no Himaba. “Foram 23 dias muito difíceis de UTIN e me lembro que, ao vê-la, tive uma sensação de culpa muito grande por ela ter nascido antes da hora. Aos poucos fui entendendo, com a vivência na UTIN, que não podia sentir isso, que eu tinha dado luz a uma criança que estava lutando pela vida. Então, não podia ter esse sentimento nunca. Hoje, ela é uma adolescente linda, companheira, carinhosa e muito saudável”, contou, emocionada, Fernanda Miranda.

Também participaram da conversa as pediatras Angélica Carvalho, Márcia Curcio Egashira e Racire Sampaio Silva.

Novembro Roxo

Ainda dentro das ações do mês da prematuridade, a equipe da UTIN vai distribuir, nesta quarta-feira (18), sapatinhos e toucas de crochê para as mamães que estão na unidade. Os itens foram gentilmente produzidos e doados ao Himaba por familiares e amigos das pediatras.

O Himaba

O Himaba é referência estadual no tratamento e atendimento de bebês prematuros. A Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN) presta diversos cuidados especializados, como o Método Canguru, um modelo de assistência ao recém-nascido prematuro, voltado para o cuidado humanizado, que reúne estratégias de intervenções biopsicossociais, incluindo o contato pele a pele com a mãe, permitindo o melhor crescimento e desenvolvimento.

O Himaba

Mantido pelo Governo do Estado, o Hospital Estadual Infantil e Maternidade Dr. Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, é administrado desde o dia 06 de novembro de 2019, pelo Instituto Gnosis, por meio de um contrato de gestão firmado com a Secretaria da Saúde (Sesa).

O Instituto Gnosis se destina à prestação de serviços de saúde, incluindo a assistência médica, hospitalar e de serviços auxiliares de diagnóstico e terapia, sempre observada a excelência da atuação, obtida por meio da aplicação das melhores práticas de gestão em saúde disponíveis no mercado, por meio, ou não, de convênios firmados com organismos públicos ou privados, prática esta que possibilita o desenvolvimento, aplicação e gerenciamento de novos produtos, métodos e processos educativos, de gestão, e outros, na área da saúde.

 

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