Os músicos da Orquestra Filarmônica do Espírito Santo (Ofes) tocaram, pela primeira vez, fora do Estado em um concerto exclusivo. O Cine-Theatro Central, em Juiz de Fora, Minas Gerais, com capacidade para 1.880 pessoas sentadas, ficou lotado no último domingo (25). E o público saiu emocionado. Os aplausos duraram tanto, que os músicos até atenderam ao pedido de bis.

A apresentação histórica para os músicos da Ofes estava inserida na programação do Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, que está em sua 21ª edição. Helder Trefzger, maestro titular da Ofes, comemorou. “Esses desafios nos impulsionam e, logicamente nos levam a um crescimento qualitativo. Fiquei muito satisfeito”, disse.

A Ofes levou para Minas o “Concerto para Harpa e Orquestra”, de Radamés Gnattali, obra que foi conduzida pela solista convidada Cristina Carvalho, que atua como primeira harpista da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília.

Na abertura e no final do programa, como bis, o público apreciou a obra “Prelude and Fugue - The Spitfire”, do compositor inglês William Walton, composta em 1942 para o filme "The first of the few". Foi uma das primeiras execuções desta peça no Brasil.

A “Sinfonia em ré menor” de César Franck, compositor belga, também foi apresentada pela Orquestra. A obra é considerada uma das mais importantes e mais belas já escritas para uma formação sinfônica. A sinfonia traz o princípio cíclico, no qual os temas são recorrentes em toda a obra.

O Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga transforma a cidade da Zona da Mata mineira em capital do gênero no País. Começou no sábado (17), e continua até 31 de julho. Reunirá, nestes 15 dias, músicos brasileiros e estrangeiros em mais de 40 concertos, todos gratuitos. Artistas e plateia encontram-se para concertos noturnos e vespertinos no espaço convencional dos teatros, mas também em igrejas, praças, escolas e até em agências bancárias.