A oficina de artesanato desenvolvida no Centro Socioeducativo de Atendimento ao Adolescente em Conflito com a Lei (CSE), do Instituto de Atendimento Sócio-Educativo do Espírito Santo (Iases), inicia este mês uma nova fase de atividades, com o aprendizado da técnica da reciclagem.

Com retalhos, papéis coloridos, folhas secas, verniz, colas diferenciadas e muita criatividade, os adolescentes estão confeccionando capas de agendas para o próximo ano. Em uma semana de atividades, os adolescentes já confeccionaram 60 capas de agendas. A estimativa de produção é de 200 exemplares até o fim do ano.

O objetivo desta etapa da oficina de artesanato é fazer com que os adolescentes aprendam mais uma técnica profissionalizante do setor, por meio da utilização de materiais recicláveis. A oficina de artesanato é ministrada no CSE pelos oficineiros Jefferson Rodrigues e Marilzete Gomes, desde junho. Na primeira etapa da oficina, os adolescentes aprenderam a confeccionar velas decoradas.

No segundo módulo, encerrado no final de agosto, os adolescentes aprenderam a confeccionar sabonetes decorados com cores, tamanhos e essências variadas. Já no terceiro módulo, encerrado no final de outubro, os socioeducandos aprenderam a técnica do biscuit, confeccionando potes, chaveiros e enfeites.

De acordo com a pedagoga do CSE, Giseli Maestri, a oficina pedagógica, tem como objetivo despertar as habilidades e a criatividade dos adolescentes, mas também pretende capacitá-los para o mercado de trabalho.

“A oficina visa a promover a interação entre o grupo e a preparação do adolescente para o mercado de trabalho. Em todas as etapas desta oficina, eles aprenderam técnicas de artesanato de fácil aprendizagem e passaram a conhecer as necessidades desse tipo de mercado. Neste módulo, por exemplo, aprenderam a técnica da reciclagem, que tem como base o reaproveitamento de materiais já utilizados, fazendo com que o adolescente produza peças ecologicamente corretas e com muita criatividade”, disse Giseli.

O CSE

O CSE é uma unidade do Iases que realiza atendimento a adolescentes em conflito com a lei, em cumprimento de medida socioeducativa de internação, com base no Modelo Pedagógico Contextualizado (MPC), um projeto de autoria do diretor executivo da Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis), Gerardo Mondragón, que administra o CSE por meio de um contrato de gestão firmado com o Governo do Estado.

O MPC tem como objetivo oferecer intervenção integral aos adolescentes em conflito com a lei e com suas famílias, por meio de processos pedagógicos, socioterapêuticos, sistêmicos e reflexivos que permitam sua reabilitação e readaptação, ampliando também as possibilidades de desenvolvimento social e econômico.