O portelense Monarco se apresenta no 14º Festival de Música de Botequim, o Femusquim, que acontece no Morro dos Alagoanos, em Vitória, de quinta (16) a sábado (18). Carismático e contador de histórias, o sambista coordena, na sexta (17), das 14 às 18 horas, na Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames), uma oficina sobre a História do Samba e Interpretação de sambas gratuitamente e aberta para toda comunidade.

O 14º Femusquim tem organização da Faculdade de Música do Espírito Santo, Associação Cultural Boca da Arte, Prefeitura de Vitória e Sebrae.

Além de Monarco da Portela, estarão presentes na oficina os músicos Guaracy de Castro - Guará (Violão), Sérgio Procópio da Silva do Nascimento (Cavaquinho), Carlos Xisto da Costa (Percussão - Timbira Surdo) e Marcos Protoleu Pereira do Nascimento (Percussão - Pandeiro)

Monarco nasceu no bairro de Cavalcante, no Rio de Janeiro, em 1933. Mas foi em Osvaldo Cruz, para onde se mudou mais tarde, que conheceu o seu mestre, Paulo Benjamim de Oliveira - o Paulo da Portela, fundador da sua agremiação de samba. Em 1950, passou a ser integrante da ala dos compositores da Escola, e hoje lidera a Velha Guarda da Portela, criada e apadrinhada por Paulinho da Viola.

Considerado uma das figuras do samba de raiz, Monarco canta, com sua voz inigualável, de tom grave, o seu acervo de ‘bamba’. As suas canções estão imortalizadas por grandes nomes como Clara Nunes, Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho, João Nogueira e tantos outros. Dentre centenas de pérolas, figuram "Proposta Amorosa", "Vida de Rainha", "Passado de Glória", "Coração em Desalinho" e a caçula "Vai Vadiar".

O sambista já recebeu o Prêmio Sharp de Melhor Disco de Samba em 1995 e também o prêmio Tim de Música em 2004. O primeiro disco solo, que o revelou também como intérprete, foi lançado em 1976, com músicas como "O Quitandeiro", "Lenço" e outras. Outro disco, "Terreiro", foi lançado em 1980. Em 1995 gravou o CD "A Voz do Samba", lançado inicialmente no mercado japonês.