03/12/2010 16h50 - Atualizado em 16/01/2019 12h47

Orquestra Sinfônica da Fames estreia no Carlos Gomes com a 'Primeira Sinfonia' de Beethoven

A Orquestra Sinfônica da Faculdade de Música do Espírito Santo (OSFA) realiza o seu concerto de estreia, no próximo domingo (05), às 10 horas, no Theatro Carlos Gomes, em Vitória, com entrada franca. O grupo convidado para abrir o evento será a Orquestra Experimental de Cordas da Fames.

Criado em 2010, o projeto intitulado – Orquestra Sinfônica da Fames (OSFA) traz ao público capixaba mais uma opção de vivência na música erudita.

A orquestra foi desenvolvida e ensaiada durante este ano para se tornar uma realidade permanente no quadro de grupos instrumentais, e assim, conferir esta concretização em prol daqueles que atualmente fazem da Fames um modelo para o País.

Ligada diretamente ao quadro de disciplinas, a OSFA propõe uma relação estreita entre alunos, faculdade e comunidade externa, inserindo profissionais no mercado e naturalmente formando novos ouvintes da música clássica e erudita.

No programa de estreia foi desenvolvido um seleto e minucioso repertório com clássicos dos compositores Mozart e Beethoven. abertura “A Flauta Mágica”, abertura “Egmont” e a belíssima Sinfônia nº 1, fazem parte desta grande noite.

Obras

Wolfgang Amadeus Mozart – Die Zauberflöte (A Flauta Mágica – abertura) - A Flauta Mágica foi produzida no século XVIII, período histórico em que a linha de pensamento do homem sofria uma mudança radical através do Iluminismo. Nesse contexto, A Flauta Mágica se apresenta como uma ópera de formação e como uma alegoria para as provações pelas quais o homem precisa passar para sair das trevas do pensamento medieval em direção da luz iluminista. Assim, as principais personagens Tamino e Pamina enfrentam os obstáculos impostos pelos membros do templo da sabedoria para juntos, ao final da ópera, encontrarem a realização plena e a união ideal.

Ludwig van Beethoven - Egmont (Abertura), op.84 - Quando Beethoven, em 1809, recebeu uma encomenda para escrever música programática para a peça Egmont, de Goethe – escritor a quem Beethoven tinha profunda admiração –, que seria reapresentada em Viena no ano seguinte, o compositor a aceitou de pronto. A música incorpora a convicção de Egmont e de Beethoven de que a morte não é um fim quando esperança e ideais permanecem intactos.

Egmont conta a história da perseguição espanhola ao povo dos Países Baixos durante a Inquisição, nos anos 1567-68. Conde Egmont é a princípio leal aos espanhóis, porém se sente incomodado quando vê as injustiças cometidas por eles e pede tolerância por parte do Rei espanhol. O tema introdutório é desenvolvido por toda a orquestra, tornando-se mais e mais rítmico e sombrio até se ouvir a morte do herói. A seguir, o caráter da música torna-se festivo e triunfante, as cordas em suas notas mais agudas com o brilho do som do piccolo. A morte não é um fim quando ideais permanecem vivos.

Ludwig van Beethoven - Sinfonia nº 1 em Dó Maior, op. 21 - A Primeira Sinfonia de Beethoven estreou no mesmo concerto em que ele apresentou o Concerto nº 1 para Piano e Orquestra, no Hoftheater em Viena no dia 02 de abril de 1800.  A Sinfonia nº 1 era dedicada ao Barão Gottfried van Swieten, um antigo patrão do compositor e foi publicada no ano seguinte pela editora Hoffmeister & Kühnel de Leipzig.

Como o Concerto para Piano e Orquestra nº 1, esta sinfonia pertence ao primeiro período produtivo de Beethoven e está ainda impregnada do estilo clássico de Joseph Haydn, de quem foi aluno. Mas Beethoven já demonstra algumas características que marcariam sua obra, como o uso frequente de sforzando e a ênfase nos instrumentos de sopros.

A obra tem uma introdução breve, Adagio, e após alguns compassos irrompe o Allegro con brio, formado por dois temas. Como destaque, observa-se a utilização dos tímpanos como acompanhamento, o que se hoje parece uma prática comum não o era na época, e já prenunciava a exploração inovadora que Beethoven faria deste instrumento.

O terceiro movimento, Menuetto: Allegro molto e vivace, é a parte que mais se sobressai em toda a sinfonia, principalmente porque aqui Beethoven apresenta o que Berlioz chamou de “deliciosas brincadeiras”, o Scherzo, forma introduzida por Beethoven, que a partir de então substituiu os tradicionais  minuetos em quase todas as suas obras instrumentais, embora nesta sinfonia ainda não tenha usado tal denominação. O movimento é brilhante e tem um conteúdo musical de grande simplicidade derivado de elementos temáticos apresentados anteriormente. A Sinfonia nº 1 termina com um Adagio – Allegro molto e Vivace, que também trabalha com elementos de partes anteriores.



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