Parque Cultural Casa do Governador é aberto para visitação pública
A população capixaba já pode conhecer a área onde está instalada a Residência Oficial do Governo do Estado, na Praia da Costa, em Vila Velha. Neste sábado (28), o Governo do Estado realizou a abertura oficial do Parque Cultural Casa do Governador. Durante o evento, foi aberta uma exposição com 21 esculturas de artistas capixabas e de outros estados do Brasil.
A partir da próxima segunda-feira (30), os interessados já podem agendar visitas ao Parque Cultural Casa do Governador, pelo telefone (27) 3636-1032, de segunda-feira a sexta-feira. As visitas são gratuitas e vão acontecer sempre às terças-feiras e quintas-feiras, das 8h às 17h, com o acompanhamento de um mediador do Governo do Estado.
Os três eixos temáticos do projeto – Ambiental, Histórico e Artístico – são explorados nos 93 mil metros quadrados de área disponíveis para a visitação. No eixo Artístico, os visitantes vão poder conhecer as 21 obras de arte, sendo 10 temporárias e 11 permanentes, selecionadas pela Secretaria da Cultura (Secult), por meio de um edital que foi lançado em 2021. O investimento é de R$ 1,3 milhão.
“Estamos fazendo um Parque Cultural à céu aberto com obras de artistas capixabas e de fora do Estado. Teremos exposições permanentes e o local está se transformando em um local sustentável com reutilização de água das chuvas e energia solar. Estamos avançando também na recomposição de espécies nativas. Essa é uma oportunidade a mais para os estudantes, turistas e, especialmente, para toda a nossa população”, afirmou o governador.
Casagrande prosseguiu: “Assim como o Palácio Anchieta, sede do Executivo Estadual, é um monumento da história capixaba, agora o Parque Cultural Casa do Governador será um local de cultura e proteção do meio ambiente. Um projeto diferenciado, pois poucos lugares tem um ambiente lindo e que será um centro de estudo. Teremos ainda concursos para que os artistas tenham a oportunidade de expor suas obras neste espaço.”
O secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha, ressaltou a potência artística e histórica que tem o Parque Cultural Casa do Governador. “Primeiro tem o simbolismo do governador abrir ao público a Residência Oficial como um espaço de arte e meio ambiente. O Parque Cultural passará a integrar o nosso circuito de arte contemporânea e uma excelente opção de passeio para os capixabas e para os nossos visitantes. O local está no nosso imaginário e as expectativas do público para essa abertura são as melhores”, pontuou.
A diretora-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), Cristina Engel, que coordena o projeto junto com a primeira-dama do Estado, Maria Virginia Casagrande, comentou sobre o que o espaço oferece aos visitantes.
“O Parque já tem uma vocação natural em termos de beleza cênica. Então, só isso já é um grande atrativo para conhecer o local. Também tem uma importância histórica pelo fato de ser a Residência Oficial dos governadores do Estado e, dentro desse eixo, o histórico. São muitos pontos que podem ser explorados. Também identificamos um grande potencial para transformar o local em um parque a céu aberto, com a inserção das obras de arte, o que torna o espaço ainda mais enriquecedor. Sem dúvida quem vier ao local ficará encantado com tudo o que o Parque oferece”, explicou Cristina Engel.
A vice-governadora do Estado, Jacqueline Moraes, também participou do evento. “Os capixabas terão contato direto com as obras de arte, com a tecnologia e muito mais que este Parque irá oferecer. Vila Velha que abriga o maior símbolo cultural e religioso do nosso Estado, que é o Convento da Penha, e agora terá um sonho realizado para muitos com a abertura desse Parque. Porque nós, enquanto agentes públicos, temos que concretizar sonhos”, declarou.
O Parque
A ideia do Parque Cultural Casa do Governador foi concebida pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapes) e pela Secretaria da Cultura, com a participação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes).
A diretora-presidente da Fapes também explicou que, além dos aspectos ambientais, históricos e culturais, há um quarto tema que está sendo trabalhado. “Existe um eixo adicional, que colocamos com os demais eixos, que é o tecnológico. Dentro desse conceito, todos os telhados das edificações existentes ou a construir receberão placas fotovoltaicas, cujo resultado será a autonomia do local em termos de energia. Temos uma já instalada que serve somente de demonstrativo de energia renovável, mas em breve as demais também estarão funcionando”, frisou Cristina Engel.
Também no âmbito tecnológico, a diretora-presidente da Fapes destacou que foi desenvolvido um aplicativo gratuito que vai permitir que o visitante aprofunde seu conhecimento, por meio da leitura de alguns QR Codes instalados nas obras de arte e em outros pontos de interesse. “O visitante poderá ampliar as informações, seja em relação aos artistas das obras, aos ecossistemas, à própria residência ou, ainda, curiosidades do lugar”, acrescentou.
Cristina Engel frisou ainda a preocupação do governador Renato Casagrande em tornar a Residência Oficial um espaço aberto ao público. “Logo que assumimos a gestão, o governador me informou que queria tornar o local aberto. Nós pegamos a ideia e a transformamos nesse projeto do Parque. A Residência é isolada das pessoas e, por isso, projetamos torná-la acessível a todos para que a população se aproxime da Residência, do Parque e do Governo do Estado”, disse.
Para elaborar o projeto do Parque Cultural Casa do Governador, duas instituições foram envolvidas, a Ufes e o Ifes, com um total de 21 profissionais, sendo cinco doutores especialistas em diversas áreas e cinco estudantes de graduação. Além da equipe de projeto, também compõe a parceria a Secult, a Secretaria de Inovação e Desenvolvimento (Sectides), o Departamento de Edificações e de Rodovias do Estado do Espírito Santo (DER-ES) e a Fapes.
Exposição das obras de arte
Ao todo, 21 obras estão expostas no Parque, sendo 10 temporárias e 11 permanentes. Os artistas são: Ale Gabeira (ES); Tonil Braz (MG); Christina Bastos (ES); Elvys Chaves e Carlo Schiavini (ES); Geisa Silva (ES); Iagor Peres (RJ); Isabela Roriz (RJ); Maria Tereza Aigner & Thiago Sobreiro (ES); Rick Rodrigues & Luccas Martins (ES); Wayner Tristão (ES); Sandro Novaes (ES); Estela Sokol (SP); Julio Tigre (ES); Fernando Velásquez (Uruguay-SP); Fernando Augusto (ES); Narcélio Dantas (CE); Kyria Oliveira (ES); Marilá Dordot (MG); Natan Dias (ES); Bea Martins (RJ) e Alexandre Vogler (RJ)
Conheça as obras expostas no Parque Cultural Casa do Governador:
Obras temporárias
Ale Gabeira (ES)
Ale Gabeira trabalha na criação de instalações cuja função maior é promover a interação com o público. Nascido no Rio de Janeiro, no ano de 1976, o artista manifesta sensivelmente em suas obras o desejo de conexão do espectador com o espaço, a memória e o tempo.
Na obra ‘Eucaliptação’, Ale Gabeira propõe fincar no solo nove postes de eucalipto em formato de canudos. A firmação desses pilares de eucalipto na superfície tensiona o pensamento do espectador à sustentação e ao meio ambiente, que suporta o despejo produzido pela humanidade e evidência, sobretudo, no conjunto de canudos reunidos, reflexões das ações cometidas pelo homem referente à exploração da planta.
Tonil Braz (MG)
Tonil Braz é artista, pesquisador e educador nascido na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Em suas ações artísticas usa habitualmente suportes como escultura, instalação e objeto para dar concretude e subversão ao que normalmente é tido como molde. Em sua pesquisa artística, explora temáticas que abordam fenômenos produzidos pelas narrativas do mundo contemporâneo moderno.
Na obra, ‘Sobre o ontem caminhamos no amanhã’, Tonil Braz expõe o caminhar de uma escultura que é constituída por certo tipo de simbiose entre um corpo humano e uma grade comumente usada na segurança de espaços urbanos. O confronto entre o ser humano e o ferro marca a jornada dos sujeitos rumo ao futuro, assim como sustenta a ideia do indivíduo tornar à natureza mais uma vez. O artista propõe o caminhar do humanoide rumo ao pôr do sol, preconizando o percurso do ser ao horizonte penetrado na natureza à sua volta.
Christina Bastos (ES)
Christina Bastos é artista graduada em pintura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduada em urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da universidade. A multidisciplinaridade de seu processo de pesquisa plástica aponta para as relações entre espectador, o objeto construído e o local de instalação sugerindo reflexões sobre espaço, tempo e a alegoria.
Na obra, “Bosque de casulos”, quinze objetos tramados em corda naval suspensos em troncos de uma árvore criam movimento natural/antinatural como uma imagem de cordões umbilicais, envolvidos nos galhos e troncos. Sensação de proteção e abrigo podem ser incorporados pelos seres da natureza ali presentes.
Elvys Chaves e Carlo Schiavini (ES)
Os artistas desenvolvem pesquisa entre a relação de urbanidade X arte X realidade aumentada, no campo desenvolvido em ambiente virtual.
“GEOESCULTURACIBERNÉTICO” é um objeto, em formato de L, em que é possível enxergar diversas formas e ângulos criados pelas sobreposições em formato ondulado de seus contornos, buscando assim uma quebra de coerência nos limites lógicos da visualidade espacial. Relacionada ainda à pesquisa tecnológica, uma órbita em realidade expansiva ao redor da estrutura será construída proporcionando ao público, por meio do próprio aparelho celular, visualizar um novo ambiente cibernético que irá se alterar conforme mudanças climáticas.
Geisa Silva (ES)
Geisa Silva é artista formada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e especializada em arte-educação. Em seus trabalhos propõe intervenções urbanas discutindo questões da violência contra o gênero feminino. Também realizou projetos com adolescentes em situação de vulnerabilidade. Experimenta outras linguagens artísticas, como o desenho, gravura e performance, a fim de fomentar diálogos sobre questões filosóficas e sociais.
A obra “Travessia” é uma escultura de “recepção” no espaço do Parque Cultural Casa do Governador, com o intuito de proporcionar ao público um transpassamento na paisagem local. O formato interativo da obra visa a instigar o espectador a criar novas sensações de se relacionar com o espaço, além de criar um próprio percurso expositivo, assim como estabelecer novas conexões com o mundo.
Iagor Peres (RJ)
Iagor Peres pesquisa concepções visíveis e invisíveis ao utilizar materiais orgânicos para tecer relações com o espaço e o tempo. O hibridismo de sua prática artística é elaborado em diversas linguagens, como esculturas, gravuras, telas, videoinstalações, performances e textos. Conceitualmente, reflete em seus trabalhos o comportamento soberano branco-ocidental da sociedade.
“Da frequência no tempo” é uma reflexão sobre as formas das coisas no mundo. Um processo matérico que ocorre no espaço em que estão inseridas e no tempo que se passa. Produz uma pele-material que se esgarça nos contornos retangulares da peça escultórica. O efeito do tempo agirá no material. Na coreografia desenhada pelo tempo, a corporeidade e a materialidade da pele-material vai se transverter aos poucos, para assim refletirmos sobre a agência de um corpo no mundo.
Isabela Roriz (RJ)
Isabela Roriz é artista visual, mestre em Linguagens Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em seus trabalhos, a artista evoca relações que confrontam conexões que são feitas a partir do corpo e do espaço. A artista dispara possibilidades reflexivas ao provocar o espectador a se entender em suas transformações, posições e ações na sociedade.
Na obra, “Bichos Tubulares Mares Internos”, o ser humano e o espaço que originou sua evolução, o oceano. A artista propõe a instalação de duas peças escultóricas flácidas no formato tubular com uma densidade corpórea produzida por elastômeros de silicone, a fim de gerar um aspecto ao corpo humano. A obra também traz um convite ao silêncio, ao olhar interior, à introspecção, à poesia e ao fortalecimento da sensibilidade do espectador, possibilitando uma reflexão para se entender como parte conjunta a natureza.
Maria Tereza Aigner & Thiago Sobreiro (ES)
Na obra “Módulos espelhados”, os artistas propuseram a construção de uma estrutura modular apenas de formas geométricas que referencia o aglomerado urbano e, ao mesmo tempo, fortalecem a possibilidade da interlocução entre arte e cidade. O mobiliário urbano é um convite à interação com o público e tem como objetivo criar reflexões estéticas em relação ao território habitual de cada um.
Rick Rodrigues & Luccas Martins (ES)
“Voar doce lar” é uma instalação com 59 casinhas de passarinhos feitas em madeira e tem como referência as 59 espécies de aves, encontradas em estudo preliminar, na área verde do Parque Cultural Casa do Governador. Em parceria com produtor musical Lucas Martins, a instalação ainda propõe uma ambiência sonora, que dedica dez melodias a dez espécies de pássaros, gravadas in loco em performance com o instrumento musical handpan.
Wayner Tristão (ES)
Artista multimídia, diretor de audiovisual e com doutorado em artes visuais. “Maré cheia (O mar sempre volta)” é uma escultura em formato de onda construída com entulhos de casas em ruínas causadas pelo avanço do mar sobre a cidade. Dessa forma, o artista expõe um debate sobre espaço arruinado e as possíveis formas de reconfiguração.
Obras permanentes
Alexandre Vogler (RJ)
Alexandre Vogler é artista que desenvolve trabalhos em contexto público individualmente e coletivamente. Em suas obras há uma investigação sobre como ativar e propagar energias essenciais à vida, por meio de construções instalativas-ambientais.
A obra “Macas” é composta de um conjunto de oito esculturas em formatos de macas que se expandem pela área do Parque de Esculturas. O mobiliário é ativado pela vegetação cultivada no espaço ao entorno. As macas são pensadas e planejadas ergonomicamente para que o público se apoie sobre elas e usufruem e experimente de seus benefícios terapêuticos.
Bea Martins (RJ)
Beatriz Martins propõe em seus trabalhos o diálogo entre indivíduo e ambiente urbano por meio de objetos escultóricos que compõem a paisagem. Nas intervenções tridimensionais de grande e médio porte construídas no espaço da cidade, a artista pensa o próprio espaço arquitetônico como matéria-prima, por meio de manipulações de pesos e volumes, para criar um novo significado e expressar novas reflexões entre lugar, convívio e contemplação.
Na obra, “FONTE”, percebemos a relação entre arquitetura, monumento, arte e paisagem.
Natan Dias (ES)
Natan Dias constrói, a partir da materialidade do ferro, geometrias, objetos e instalações, com o intuito de elaborar em sua pesquisa as tecnologias dos metais.
A escultura “Movimento à Tecnologia” possibilita ao espectador refletir sobre as travessias das pequenas e grandes embarcações que passam pela baía de Vitória e imaginar através dos “cortes” imaginários desenhados por elas na paisagem, os ritmos urbanos que perpetuam o nosso cotidiano. A obra dá continuidade a uma série de investigações realizadas pelo artista entre o desenho, a técnica e a matéria, atravessados por suas vivências pessoais e afetivas.
Marilá Dordot (MG)
Marilá Dordot pesquisa as possibilidades da linguagem em meios instalativos. Suas obras trazem títulos e referências a obras literárias e filosóficas, em conjunto com objetos no espaço.
Na obra proposta para o Parque de esculturas, Marilá Dordot pretende revisitar a antiga instalação, “Pensamento do Fora”, criada em 2002 pela artista para o Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte. “Pensamento do Fora (revisitado)” é uma instalação com sessenta placas de sinalizações para jardins que estão dispostas por todo o Parque. As placas deixarão de lado as típicas frases informativas para dar lugar a citações de livros de autore(a)s mulheres, LGBTIQA+, negras, negros, indígenas, publicados ou reeditados no Brasil nos últimos vinte anos.
A artista pretende provocar no público novas percepções sobre si mesmo e o espaço ao seu entorno por meio de uma instalação delicada e poética que subverte o uso comum de placas em um espaço público. Incentiva também a leitura pelas citações literárias presentes nas placas, que poderão ser aprofundadas com a consulta dos livros desses autores.
Kyria Oliveira (ES)
Kyria Oliveira investiga a imagem-passado de espaços em diálogo com o presente, tendo como tema recorrente em sua produção a relação de ambiente x morador. É formada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e foi premiada na XXI Bienal Internacional de Cerveira, em Portugal.
“Vestígios” é uma escultura em aço corten e suas formas orgânicas dialogam com os inúmeros formatos/desenhos produzidos pela ação do tempo nas paredes de um antigo prédio no centro histórico de Vitória, adquirido por Kyria Oliveira, que atualmente é o seu ateliê. A busca pela simbiose entre a matéria e o pensamento, o velar e o desvelar, o único e o múltiplo, fazem parte da exploração poética e plástica da artista em busca da reflexão sobre a memória e o tempo, que se relacionam diretamente com a obra.
A procura da artista em refletir a ação do tempo sobre um espaço/casa dá origem a camadas na obra que aguçam o olhar do espectador para dentro da escultura, em um contraponto entre o material e o subjetivo, entre o peso e a leveza, entre o cheio e o vazio.
Narcélio Dantas (CE)
Narcélio Dantas é artista visual e músico. “Estação” é uma estrutura escultórica sonora. Além do caráter sonoro, a escultura também traz aspectos visuais e cinéticos, tanto nos movimentos gerados por força motora, quanto em sua forma estrutural e estética. Seu ritmo de rotação gera efeitos ópticos e a composição formal e de cores criam uma livre interação com o público.
Fernando Augusto (ES)
Fernando Augusto é artista plástico e docente na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Em seus trabalhos, o artista pesquisa desenhos com cargas expressivas e paisagens que dialogam com o subjetivo do espectador. Sua produção é baseada em desenhos de larga escala, murais e livros de artista.
“Mangue” tem formato de um tronco de árvore fazendo referência às raízes das vegetações, que ficam na parte superior de um mangue. Partindo de três ideias conceituais, a árvore como escultura, tendo como identificação a paisagem brasileira como perspectiva de criação; o diálogo com trabalhos de artistas contemporâneos, como Frans Krajcberg, Giuseppe Penone e Louise Bourgeios; e a experiência da poética de seus desenhos paisagísticos.
A escultura busca chamar atenção para o próprio local onde está fixada, além de avançar uma pesquisa sobre a prática do desenho bidimensional para a tridimensionalidade, tratando o mesmo objeto das paisagens, a árvore, com uma identificação, a árvore-mangue, como assunto capaz de exprimir questões da nossa cultura e do meio ambiente, o elemento estrutural para a obra.
Fernando Velásquez (Uruguay-SP)
Fernando Velásquez é artista e curador. Na obra, “Iceberg [Antropobsceno]”, o artista propõe uma intervenção de grande escala no espaço do Parque de Esculturas, e um espaço ritual e intimista que convida o espectador a refletir sobre a relação do homem com a natureza. Partindo de duas experiências que dialogam com o interior e o exterior da escultura, o artista busca entender e expressar as sensações geradas nos seres humanos ao se depararem com um iceberg à vista, este grande bloco de gelo de proporções gigantescas que demonstra a limitação do homem perante a natureza.
Julio Tigre (ES)
Julio Tigre é artista plástico formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Sua produção tem ênfase na escultura, instalação, vídeo/instalação e desenho.
A obra “Capilares” consiste em três mil peças de cerâmicas em formato curvado, a fim de criar uma experiência contemplativa aos olhos do espectador, no momento em que a relva presente no local se encontra e toca com as peças ao chão. O artista relaciona também a natureza horizontal do local expositivo às várias possibilidades de visualização da obra, incluindo aérea.
Estela Sokol (SP)
Estela Sokol investiga a luz e a cor como elementos principais para a composição das obras. A artista produz esculturas, pinturas e fotografias. Seu trabalho faz parte de importantes coleções de arte, como a da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, da Embaixada do Brasil em Londres.
“POENTE” é um objeto escultórico de grande escala feito à base de resina e fibra de vidro, com qualidades fotoluminescentes e placa solar. A obra tende a criar uma interação com todos que irão transitar no espaço. A artista pretende com o objeto escultórico discutir, para além de questões ligadas à arte, questões, como sustentabilidade e tecnologia. As relações com as cores são o grande ponto chave da obra, em uma relação com a forma e a luz nos momentos de transição entre o dia e a noite, o objeto ganhará diferentes cores e tons todos os dias. “POENTE” ativa e explora múltiplas experiências pictóricas e possibilidades de visualidade por meio das luzes naturais que iluminam os períodos dos dias e noites.
Sandro Novaes (ES)
Sandro Novaes procura tecer diálogos entre o desenho, escultura e instalação. Em sua produção, o artista investiga as questões relacionadas com a percepção do tempo, espaço e imaterialidade.
“Aurora” é uma escultura de grande escala em formato esférico, que emerge do solo e realiza um espetáculo óptico por meio das sombras e reflexos atravessados pela luz do sol e da lua. A obra segue a ideia dos movimentos da arte minimalista, arte cinética e op-art, a fim de criar um novo sistema visual. A ideia da escultura se organiza nas centenas de peças com diferentes direcionamentos unidos. A relação com essa forma de pensamento se alinha à ideia de sujeitos que, em congruência, se reúnem em favor de um bem maior: uma democracia efetiva e saudável.
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