Participantes da Feira do Verde poderão aprender como é feita a previsão do tempo pelo Incaper
Quem passar pela a 21ª Feira do Verde, que prossegue até domingo (21) na Praça do Papa, em Vitória, poderá esclarecer as curiosidades sobre como é realizada a previsão do tempo. O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura (Seag) apresenta no local uma mini-estação meteorológica e imagens de satélite, mecanismos utilizados pelos meteorologistas para monitorar as mudanças climáticas.
Os meteorologistas do Instituto estão no local, esclarecendo as dúvidas do público sobre como estes profissionais conseguem prever o tempo e sobre como podemos confiar nestas informações.
Os visitantes irão aprender também como acessar o conteúdo disponível no site do Centro de Meteorologia do Incaper, como a previsão do tempo, os índices pluviométricos e as condições para risco de incêndios, entre outros. Para ter acesso aos dados, basta acessar o site do Instituto na internet www.incaper.es.gov.br e clicar no ícone da previsão do tempo, que fica no lado direito da página. A previsão do tempo é atualizada duas vezes ao dia, uma pela manhã e outra às 16 horas.
De acordo com o coordenador do Centro de Meteorologia do Incaper, José Geraldo Ferreira, o funcionamento do monitoramento de recursos hídricos e a realização de previsões do tempo é importante para órgãos governamentais e para toda a população.
“O Centro de Meteorologia do Incaper trabalha no sentido de fornecer informações sobre as mudanças climáticas para que outros órgãos, como a Defesa Civil, tenham mais tempo para planejar suas ações. Além disso, um produtor rural pode saber quando e por quanto tempo a sua região passará por uma seca e evitar que a estiagem prejudique a produção em larga escala”, afirma o coordenador.
Além de apresentar o trabalho feito pelo Centro de Meteorologia, o Incaper também tem outro estande na Feira do Verde apresentando as principais pesquisas realizadas pelo Instituto, incluindo o desenvolvimento de novas variedades de abacaxi, banana, café, inhame, milho, morango e o mais recente lançamento do Incaper, o Mamão 'Rubi'.
No local está disponível também uma mesa com os principais produtos da agricultura familiar do Espírito Santo.
Pesquisas
De acordo o pesquisador do Incaper, José Aires Ventura, as novas variedades de alimentos apresentadas pelo Incaper durante a Feira – o milho 'Capixaba', os morangos 'Diamante’ e ‘Aromas', as bananas 'Japira' e 'Vitória', o abacaxi 'Vitória', o Conilon 'Vitória', o inhame 'São Bento' e o Mamão 'Rubi' – são tecnologias que contribuem para o desenvolvimento sustentável da agricultura.
“Essas tecnologias atendem principalmente ao agricultor familiar e contribuem de forma significativa para a redução de uso de agrotóxicos, já que a principal característica das mesmas é a resistência a pragas e doenças. Dessa forma, os alimentos podem ser cultivados de maneira mais saudável, há maior rendimento na produção e menor custo para os produtores, levando à geração de renda e fixação do homem no campo”, afirma Aires.
Mamão 'Rubi': Lançado pelo Incaper no último dia 12, o mamão 'Rubi' é a mais recente inovação do Incaper. Ele representa a primeira variedade de mamão do grupo Formosa genuinamente capixaba e constitui-se numa alternativa economicamente vantajosa aos produtores rurais. O seu grande diferencial é a possibilidade de reutilização das sementes da própria lavoura em até três novos plantios. Essa facilidade dispensa a necessidade de despesa com a aquisição do material e também reduz a dependência de utilização de sementes importadas, em sua maioria provenientes da China.
Milho Capixaba: Desenvolvido principalmente para os pequenos produtores de base familiar, o milho "Capixaba Incaper 203" é uma variedade cujas sementes podem ser utilizadas, no mínimo, em até três plantios sucessivos. As principais características encontradas nesse tipo de milho são: boa produtividade, adaptação a condições desfavoráveis, além da tolerância a pragas e doenças.
Morango Diamante e Aromas: As variedades apresentam alto valor comercial, já que produzem frutos mais firmes do que as comuns, o que facilita o transporte e evita a perda do produto. Além disso, elas geram frutos um pouco maiores do que o convencional e com melhor padrão. A 'Diamante’ e a 'Aromas’ mostraram, ainda, uma menor presença de mofo, doença que atinge grande parte dos frutos e provoca perda de produção.
Banana Japira e Vitória: Após 29 anos de pesquisas, o Incaper lançou duas novas cultivares de bananeira do tipo prata, batizadas de “Japira” e “Vitória”, resistentes às principais doenças da cultura (sigatoka-negra, sigatoka-amarela e mal-do-panamá) que ameaçavam dizimar as lavouras em todo o mundo. Vigorosas, elas têm bom desenvolvimento, crescimento adequado e produzem frutos com excelente qualidade para o mercado. Por serem resistentes às doenças, não há necessidade do uso de defensivos. Portanto, são adaptadas ao modo de produção agroecológicas, o que condiz com a realidade da agricultura familiar.
Abacaxi Vitória: Foi lançado em 2006 na Fazenda Experimental do Incaper, em Sooretama. Obtido a partir da seleção e do cruzamento de híbridos desenvolvidos pela Embrapa, o ‘Vitória’ apresenta como característica mais notável a resistência à fusariose – doença causada pelo fungo Fusarium subglutinans f. sp. Ananás – e que provoca perdas de até 40% na produção, ameaçando praticamente todo o território nacional.
Conilon Vitória: Lançado em 2004, é uma variedade clonal formada de 13 clones superiores, selecionados entre 530 matrizes no programa de melhoramento. Dentre as características da variedade estão: alta produtividade (70 sacas/ha sem irrigação, alcançando até 123 sacas em condições naturais e mais de 150 sacas com irrigação), 21% superior às demais; bom tamanho dos frutos; tolerância à seca; alto vigor vegetativo; e alta resposta à aplicação de tecnologias (poda, irrigação, nutrição).
Inhame São Bento: Lançado em 2008, a variedade foi descoberta por um produtor e pesquisada pelo Incaper, o ‘São Bento’ se destaca por apresentar plantas vigorosas, de alta produtividade, com 30% a mais se comparado aos cultivados tradicionalmente no Estado e rizomas de excelente aspecto comercial, favorecendo ainda mais a exportação no Espírito Santo, que é um dos maiores produtores e exportadores da raiz no país.
No espaço destinado à Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), o visitante pode conhecer o programa ‘Campo Sustentável’, que tem como objetivo a recuperação de áreas degradadas, a conservação e o manejo de maneira sustentável dos recursos naturais do Espírito Santo.
O programa já é executado nos municípios de Marechal Floriano, Afonso Cláudio, Domingos Martins e Laranja da Terra e tem como meta atingir 440 propriedades até 2011, sendo que 80 delas já foram selecionadas, incluindo as existentes nas áreas do Programa ‘Corredores Ecológicos’. O objetivo do trabalho é reverter o quadro de degradação ambiental em 600 mil hectares de terras no Espírito Santo.
Outra ação da Seag, que está totalmente vinculada a uma atividade sustentável, é a agricultura orgânica no Estado. Serão distribuídos panfletos aos visitantes sobre os pontos de venda desses produtos em todos os municípios do Espírito Santo.
Os alimentos orgânicos são produzidos com base nos princípios agroecológicos, isto é, que são mais seguros para quem produz e consome, e para o meio ambiente. Hoje, o Espírito Santo conta com 140 propriedades orgânicas certificadas, com aproximadamente 2.600 hectares de terra.
Idaf
Na 21ª Feira do Verde, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) mostra os projetos desenvolvidos em 2010 em diferentes municípios do Estado, que tiveram o intuito de promover atividades educativas para a preservação dos recursos naturais e a melhoria da qualidade de vida. São eles: ‘Projeto Florestas e Águas’, ‘Educação quanto ao uso de Agrotóxicos’, ‘Febre Aftosa: conhecer para prevenir’ e ‘Medidas para combater a raiva’.
Além da apresentação destes projetos, o Instituto também presta orientações quanto ao selo de inspeção estadual que é obrigatório nos produtos de origem animal que são comercializados dentro do Estado. É importante destacar que se o produto for apenas destinado ao município, o selo exigido é o municipal, e se ele for voltado ao mercado brasileiro, o selo deve ser federal. Na Feira, o órgão informa ao consumidor sobre a relevância de só adquirir carnes e derivados que estejam devidamente certificados.
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Texto: Paula Varejão e Leandro Abreu
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