Paulo Venancio Filho, curador da exposição Só Lâmina, faz palestra no Maes
Na quinta-feira (14), o Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (Maes), Centro de Vitória, receberá a visita do professor e crítico de arte Paulo Venancio Filho. Ele é o curador da exposição “Só Lâmina”, do artista Nuno Ramos, que está em cartaz no espaço até 14 de novembro. Na ocasião, Paulo fará a palestra "Arte Contemporânea Brasileira na Atualidade", aberta ao público, às 19h30, no auditório do Museu.
O curador falará sobre a divisão da mostra em três partes - “Só Lâmina”, “Luz Negra” e “Carolina”. Cada uma delas representa e exemplifica uma dimensão importante e significativa da extensa obra Nuno Ramos.
Em “Só Lâmina”, o artista plástico apresenta onze desenhos baseados em oito estrofes do poema de João Cabral de Melo Neto "Uma faca, só lâmina". Nas obras, Nuno mostra a forte atração que sente pelo literário e o modo como este empolga sua imaginação plástica.
Mais recentemente Nuno Ramos se apropria de outro material, já não pertencente à esfera visual, mas auditiva: o som; que pode ser música como no caso de “Luz Negra”, com caixas acústicas enterradas no chão de onde sai a voz de Nelson Cavaquinho, cantando Juízo Final. Ou simplesmente uma sequência de frases gravadas que sugerem um pouco do repertório de tudo que se fala diariamente numa grande cidade; e a interminável e bela cacofonia íntima da metrópole, que uma ausente ouvinte, “Carolina”, escuta.
Paulo Venancio Filho
Possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1983), mestrado em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992) e doutorado em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998). Atualmente é professor titular da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em História da Arte, atuando principalmente nos seguintes temas: arte contemporânea, arte brasileira, crítico de arte, pintura e cultura brasileira.
O artista
Nuno Ramos nasceu em São Paulo, em 1960. Escultor, pintor, desenhista, cenógrafo, ensaísta e videomaker, ele cursou filosofia na Universidade de São Paulo (USP), de 1978 a 1982. Trabalhou como editor das revistas Almanaque 80 e Kataloki, entre 1980 e 1981.
Começou a pintar em 1983, quando fundou o Ateliê Casa 7, com Paulo Monteiro (1961), Rodrigo Andrade (1962), Carlito Carvalhosa (1961) e Fábio Miguez (1962), grupo de grande importância na cena paulistana e que existiu até 1985.
Participou da XVIII Bienal Internacional de São Paulo, em 1985, a primeira de muitas que viria participar. Nuno realizou seus primeiros trabalhos tridimensionais em 1987. No ano seguinte, recebeu do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP) a primeira Bolsa Émile Eddé de Artes Plásticas.
Em 1992, expôs pela primeira vez a Instalação 111, que se refere ao massacre dos presos na Casa de Detenção de São Paulo (Carandiru) ocorrido naquele ano. Publicou em 1993, o livro em prosa “Cujo” e, em 1995, o livro-objeto “Balada”.
Em 2000, Nuno venceu o concurso realizado em Buenos Aires, na Argentina, para a construção de um monumento em memória aos desaparecidos durante a ditadura militar naquele país. Em 2001, publicou o livro de contos “O Pão do Corvo”.
Para compor suas obras, o artista emprega diferentes suportes e materiais, e trabalha com gravura, pintura, fotografia, instalação, poesia e vídeo. Em 2007, Nuno publicou “Ensaio geral”, uma coletânea de ensaios e projetos.
Serviço
Palestra "Arte Contemporânea Brasileira na Atualidade"
Com Paulo Venancio Filho, curador da exposição “Só Lâmina”
Data: quinta-feira (14)
Horário: 19h30
Local: Auditório do Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (Maes)
Endereço: Av. Jerônimo Monteiro, 631, Centro de Vitória
Entrada fraca
Exposição “Só Lâmina”, de Nuno Ramos
Até 14 de novembro
Horário de Visitação: Terça a sexta-feira – 10 às 18 horas
Sábado e domingo – 12 ás 18 horas
Visitas mediadas pelo site www.secult.es.gov.br
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