Polícia Penal recebe viatura exclusiva para operações com cães
A Polícia Penal do Espírito Santo (PPES) recebeu, nesta terça-feira (14), uma nova viatura exclusiva para uso da Coordenação de Operações com Cães (Coc). Com compartimento específico, a viatura oferece mais conforto e bem-estar durante o transporte dos cães para as operações nos presídios.
Os compartimentos têm capacidade de acomodação para dois cães. O carro, um SUV Trailblazer da General Motors, foi adaptado para o transporte e representa o investimento de R$ 313 mil.
O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, realizou a entrega do veículo na sede da Divisão de Operações Táticas (DOT) e ressaltou a importância do trabalho realizado pela Coordenação de Operações com Cães (Coc) nas unidades prisionais do Estado.
“O trabalho do cão policial é de extrema importância para as forças de segurança pública e ainda mais no caso da Polícia Penal e sua atuação no sistema penitenciário. Eles desempenham papéis cruciais em diversas operações, complementando as habilidades humanas. Os cães são considerados parte da tropa e atuam em operações de revista nas galerias para identificar drogas, equipamentos eletrônicos, guarda e proteção dos agentes, além de ocorrências de busca e captura, patrulhamento e apoio psicológico às equipes policiais”, enfatizou Rafael Pacheco.
“Devido à habilidade de faro dos cães, a atuação do ‘K9’ auxilia na prevenção e contenção de ocorrências, tendo como foco a segurança das unidades prisionais. É um trabalho brilhante realizado pelos policiais penais, que requer técnica, disciplina e treinamento especializado. A nova viatura tem a proposta de oferecer mais segurança e conforto no transporte dos nossos cães policiais , além de permitir que a equipe operacional ganhe mais espaço nos assentos disponíveis no veículo”, disse a diretora-geral adjunta da Polícia Penal do Espírito Santo, Graciele Sonegheti.
Coordenação de Operações com Cães (Goc)
Atualmente, a Coordenação de Operações com Cães (Coc) da Divisão de Operações Táticas (DOT) da Polícia Penal conta com 11 agentes de quatro patas que atuam nas funções de intervenção, detecção de substâncias e rastreamento de pessoas. O plantel é composto por Dexter, Logan, Chase, Moa, Bella, Hunter, Zaya, Eros, Chacal, Madox e Paco, das raças Pastor Alemão e Pastor Belga de Malinois.
Para o preparo dos animais, policiais penais aplicam técnicas de adestramento, psicologia canina, além de educação física para cães. O treinamento é diário e exige dedicação. Para fazer parte da equipe operacional, os cães recebem treinamento constante. Para o animal, tudo não passa de uma grande brincadeira, já que as técnicas de adestramento incluem a oferta de recompensas como brinquedos ou alimentos a cada comando realizado.
A coordenadora do Coc, a policial penal Cintya Salomão Rosetti Barbosa, explica a atuação do cão no sistema prisional. “A atuação do cão é primordial para a prevenção de introdução de substâncias ilícitas e proibidas nas unidades. Os cães são preparados para identificar diversos elementos, desde droga até aparelhos telefônicos. Eles atuam em controle de distúrbios, em situações de tumulto ou rebeliões, ajudam a controlar a massa carcerária e comportamentos violentos, além de restaurar a ordem. Também auxiliam em ocorrências de rastreamento de pessoas, como, por exemplo, na localização de fugitivos”, explicou.
A coordenadora também ressaltou que o focinho do cão chega aonde o olhar do ser humano não vê. “O cão enxerga o mundo com o focinho e consegue identificar situações que o humano jamais identificaria. As células sensoriais do olfato humano têm cerca de 5 milhões de outras células. Já do focinho do cão chega a mais de 200 milhões. Uma habilidade que só traz ganhos para a segurança do sistema prisional”, salientou Cintya Salomão Rosetti Barbosa.
Filhotes em treinamento
Os filhotes Bella, de três meses, e Hunter, de onze meses, são os mais jovens alunos da Coordenação de Operações com Cães (Coc). De acordo com Cintya Salomão Rosetti Barbosa, para preparar os cães para o trabalho operacional, o treinamento deve começar bem cedo, antes dos três meses de vida.
“Uma base primordial é a socialização e a ambientação. Apresentamos para o cão diversos ambientes, cenários e seres vivos. É um momento de observar o comportamento do animal e as reações a cada estímulo que promovemos. O treino é realizado com brinquedos para aumentar o ‘drive’ de caça e fazer com que o cão se transforme em um adulto seguro e confiante. Logo após essa base, entramos com o treinamento mais específico, de acordo com a função de atuação, seja para intervenção, detecção de substâncias ou rastreamento de pessoas”, frisou a policial penal.
O policial penal Alberto Biriba é o responsável pelo treinamento do Hunter. Ele está sendo preparado para a detecção de entorpecentes e armas. “O Hunter já está socializado e ambientado. Iniciamos agora uma outra etapa do treinamento, que é o condicionamento de odores. Ele está evoluindo bem, aprende com facilidade e estamos com expectativas positivas de que ele será um bom cão de trabalho”, disse.
A filhote Bella ainda está na fase inicial do treinamento, mas já demonstra características fundamentais para o trabalho policial. “Bella é uma filhote segura, sem medos, adora brinquedos e tem o extinto de caça apurado. Para que o cão esteja apto ao trabalho, é necessário treinamento constante e também uma certa maturidade. Eles devem iniciar o trabalho operacional ao atingir um ano e meio de vida”, acrescentou Cintya Salomão Rosetti Barbosa.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sejus
Sandra Dalton/ Paula Lima
(27) 3636-5732 / 99933-8195/ (27) 99241-7856
imprensa@sejus.es.gov.br
Polícia Penal do Espírito Santo (PPES)
Alyne Reis
(27) 99272-6718
imprensa@pp.es.gov.br