Projeto reúne mulheres internadas na Maternidade de Alto Risco do Hospital Dr. Jayme
Pacientes internadas na Maternidade de Alto Risco do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, agora têm um encontro, todas as terças-feiras, para discutirem as verdades e mitos da amamentação, além de esclarecerem dúvidas e receberem dicas dos especialistas. O projeto, chamado AmaMente, nasceu com o objetivo de incentivar o aleitamento materno.
“Percebemos que as pacientes internadas tinham muitas superstições. Algumas achavam que o leite era fraco, outras que o bebê não conseguia sugar. Sem contar as dificuldades como rachaduras no bico do peito e mastites. Daí nasceu a iniciativa de reuni-las para, juntas, desmistificarmos situações e conseguir que o aleitamento seja exclusivo até os seis meses e continue até os 2 anos de idade”, explicou a gestora da unidade Materno-Infantil do Hospital Dr. Jayme, a enfermeira Ericka Chiste.
No primeiro encontro, que aconteceu na sala de estar da Maternidade, além das gestantes e puérperas (mulheres que estão nos primeiros 45 dias após o parto), um pai também participou da reunião. A fonoaudióloga autora do projeto, Juliana Soares, utilizou materiais lúdicos para tornar a explicação o mais real possível. O primeiro passo foi falar sobre o que pode e o que não pode na amamentação e, em seguida, as melhores formas e posições para amamentar.
“Durante a amamentação tudo o que você consome vai para o leite, por isso, algumas coisas precisam ser evitadas como pimenta, chocolate, refrigerante, condimentos, entre outros alimentos. E, se consumidos, pedimos que vocês comam pouco e monitorem a reação da criança. Outras coisas não podem ser usadas de forma alguma, como álcool, cigarros e drogas”, comentou Juliana Soares.
A fonoaudióloga fez questão de mostrar os benefícios do aleitamento materno para as crianças e ainda apresentou aos pais a economia financeira em fornecer o leite materno até os seis meses aos bebês. “O leite materno é o melhor alimento para o seu bebê, isso vocês já sabem. Há inúmeras campanhas que mostram sua importância, mas vocês já pensaram na economia ao fornecer esse leite exclusivo para o bebê?”, completou a fonoaudióloga.
Juliana destacou ainda sobre aquelas mulheres que não podem amamentar. “Isso não significa que você seja menos mãe ou menos mulher, muito pelo contrário, o vínculo que você tem com a criança é único. Por isso, faça da hora da amamentação um momento tranquilo e de contato entre vocês dois”, incentivou a fonoaudióloga.
O único pai presente participou, inclusive, com perguntas. Adilson José da Silva tinha dúvidas sobre a introdução alimentar depois dos seis meses. Outra participante, Ana Elize Brandeburg, falou que seu filho, prematuro de 35 semanas, tem preguiça para se alimentar. Dúvidas comuns que foram esclarecidas durante o encontro.
Tricontando com Elas
O Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves desenvolve também o Projeto Tricotando com Elas. Esse encontro, que surgiu há cerca de cinco anos, reúne as mães de bebês internados na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (Utin) e na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin). O projeto consiste em levar um momento de distração para as mulheres com conversa, troca de experiências e, principalmente, de aprendizado.
Os encontros acontecem semanalmente, sempre às terças-feiras e, de acordo com a voluntária do programa, Angela Braga, o grande objetivo é diminuir o tempo ocioso e garantir o aprendizado de uma atividade que possa se transformar em fonte de renda para as mamães.
Informações à Imprensa
Assessora de Comunicação – Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves
Ravane Denadai
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