Qualifica-APS aumenta número de equipes no Espírito Santo
A Atenção Primária à Saúde (APS) vive uma nova realidade no Espírito Santo. O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), promove o fortalecimento da APS, ampliando o acesso da população aos serviços por meio de programas e projetos que beneficiariam todo o Sistema Único de Saúde (SUS).
Com a criação do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), ainda em 2019, os resultados já são realidade, com significativa ampliação nos últimos três anos. Em dezembro de 2018, o Espírito Santo contava com 896 equipes de Saúde da Família (eSF) e da Atenção Primária (eAP), além de 428 equipes de Saúde Bucal (eSB). Em dezembro de 2021, a Sesa já contabilizava 1.061 eSF e 582 eSB, demonstrando um significativo aumento no número de equipes.
Essa ampliação é resultado das estratégias adotadas pelo ICEPi, em parceria com a equipe da Atenção Primária à Saúde, da Secretaria da Saúde, com objetivo de promover a cooperação entre o Estado e os municípios, por meio do recrutamento, formação, remuneração e supervisão de profissionais para atuação na APS, com o Programa Estadual de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS) – Fonte: SISAB/eGestor.
“O Espírito Santo deu um grande passo ao longo da Gestão na garantia do acesso da população capixaba à saúde, incluindo na Atenção Primária. É o resultado dos projetos estruturantes que temos desenvolvido, não só no provimento dos profissionais, mas também na capacitação e no trabalho conjunto dos municípios, que acreditam e apoiam os projetos que desenvolvemos em prol da saúde pública”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.
Atualmente, o Qualifica-APS conta com mais de 1.400 profissionais em formação, entre programas voltados às residências médicas e multiprofissionais, ao provimento e fixação e também ao apoio institucional. Na Atenção Primária, os profissionais do Qualifica-APS estão presentes em 56% das equipes de Saúde da Família (eSF), Atenção Primária (eAP), Saúde Bucal (eSB) e de Consultório na Rua (eCR), presentes em 68 municípios capixabas, atendendo a cerca de três milhões de usuários.
O diretor do ICEPi, Fabiano Ribeiro, destacou que o Instituto tem uma importante contribuição e diferencial na formação destes profissionais que estão atuando na APS capixaba, com a formação em serviço.
“O ICEPi proporcionou a inserção de profissionais em formação na maioria dos municípios capixabas, promovendo a ampliação do acesso e contribuindo para o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS). Esses profissionais aumentam o acesso ofertando cuidado e atenção na saúde, fazendo formação em serviço, ao mesmo tempo que atuam no território onde estão inseridos, protagonizando transformações importantes para o SUS”, reforçou Fabiano Ribeiro.
Mais de 600 equipes da APS
Os profissionais do Programa Qualifica-APS, por meio do componente de Provimento e Fixação de Profissionais, compõem um total de 683 equipes, sendo 500 de Saúde da Família (eSF) e Atenção Primária (eAP), além de 179 de Saúde Bucal (eSB) e quatro equipes das sete existentes de Consultório na Rua (eCR).
As equipes de Atenção Primária contam com médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, enquanto as equipes de Saúde da Família contam, além dos profissionais já citados na eAP, com agentes comunitários de saúde. Em relação à Saúde Bucal, os profissionais do ICEPi estão presentes em 25% das equipes de Saúde Bucal (eSB). Já no Consultório na Rua, estão em 57% das equipes.
Parcerias com municípios
Os municípios capixabas firmaram um Termo de Cooperação com o do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde e podem solicitar profissionais a partir da adesão aos editais. Com isso, os gestores municipais podem requisitar o quantitativo de vagas por categoria profissional.
O próximo passo é a seleção dos profissionais por meio dos editais. Paralelamente à atuação nos municípios, os selecionados realizam especializações com ênfase em Saúde da Família e Comunidade, ofertadas pelo Instituto.
O diferencial da formação é a realização do ensino em serviço, garantindo que o profissional tenha experiência com a realidade concreta dos usuários do SUS e a carga horária de atividades teóricas e práticas, gerando uma visão humanizada e crítico-reflexiva.
A coordenadora do componente de Provimento e Fixação de Profissionais, Thaís Maranhão, ressaltou o papel fundamental do provimento para todo o Estado. “É um projeto de inovação que quer promover mudanças no processo de trabalho, produzindo resultados e a qualificação da Atenção Primária. Temos uma alta capilaridade e todos os municípios capixabas estão aptos a receber os profissionais do Provimento”, salientou.
Fixação do profissional no interior
Um resultado importante que os projetos do Qualifica-APS tem trazido ao Estado é a fixação e a permanência dos profissionais nos municípios do interior, oportunizando aos capixabas o acesso aos serviços de forma ainda mais interiorizada e regionalizada.
Essa realidade vivenciada atualmente no Espírito Santo ocorre por meio da ampliação de oferta de Residências Médicas e Multiprofissionais, modalidade de especialização de padrão ouro e a que mais fixa profissionais nos polos de atuação, e do Provimento, com a formação em serviço, qualificando e preparando os profissionais para atuarem no SUS.
Um dos exemplos é o da enfermeira Lairane Barros Caxias. Atualmente, ela atua pelo Provimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Coqueiral, em Aracruz. A profissional se formou no Programa de Residência Multiprofissional do ICEPi, atuando na mesma Unidade, e é uma especialista em Saúde da Família.
“Chamo os pacientes pelo nome e conheço os históricos, pois atuei na UBS durante a residência. Pelo Provimento, consegui colocar minha agenda de preventivo, tenho feito visitas domiciliares, atendimentos multiprofissionais e também ações do Programa de Saúde na Escola com a equipe. Acho que no dia a dia, consigo ter um olhar melhor do que é a Estratégia de Saúde da Família. É muito bom passar pela recepção ou ver o paciente no corredor e perguntar pela família, e ele ficar surpreso por isso. É conhecer o paciente por inteiro, ou seja, conhecer a realidade e o contexto familiar”, disse Lairane Caxias.
A assistente social Glauziana Veronez Vieira Milanezi também segue os mesmos passos. Após concluir a Residência em Saúde da Família, em Colatina, ela passou a atuar na mesma unidade do bairro, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Ayrton Senna.
“Continuamos com as aulas teóricas, que agora nos trazem um conhecimento mais profundo sobre a Atenção Primária, o que vem complementar todo o aprendizado adquirido durante a residência. Estamos fomentando vários momentos em que a equipe se reúne e planeja as atividades necessárias para amenizar os problemas identificados no diagnóstico situacional e na promoção à saúde da população”, comentou Glauziana Milanezi.
Para a assistente social, o maior impacto do ICEPi nas equipes de Saúde da Família é o acolhimento. “Pontuo o acolhimento como um dos maiores benefícios do Instituto, pois é onde tudo começa. É ali que o paciente cria seu primeiro vínculo”, completou.
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