Reflorestar: Instituto Terra e Bandes firmam parceria para recuperar nascentes
Um reforço e tanto para o meio ambiente: o Instituto Terra e o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) firmaram uma parceria para apoiar produtores rurais dos municípios da região que querem contribuir para a preservação de nascentes e da Mata Atlântica no entorno da Bacia do Rio Doce.
O Instituto Terra atua na região do Vale do Rio Doce e, desde a sua fundação, tem como foco a restauração ecossistêmica, em produções de muda para a Mata Atlântica, projetos de extensão e educação ambiental, além de pesquisas científicas. Com a parceria, o Instituto poderá fazer atendimento, projetos e acompanhamento de produtores rurais interessados em aderir ao Reflorestar.
O diretor-presidente do Bandes, Aroldo Natal Silva Filho, destaca o empenho do banco na liberação dos contratos para os “produtores de água”, atividade que passou a ter a instituição como operador financeiro. “O número de projetos inscritos aumentou consideravelmente nos últimos anos, mais que triplicou, e o banco tem atendido a esses pedidos. O programa é um benefício múltiplo para o produtor, para sociedade e para a natureza”, destaca Aroldo.
“Nossos técnicos foram capacitados pelo Bandes e atuam juntos na recuperação e preservação das nascentes do Rio Doce. Eles fazem o cadastro das pessoas interessadas no Reflorestar, pegam todas as documentações exigidas, o Instituto Terra entra com as orientações para o projeto e segue o processo para o Bandes dar o seu parecer. Após a aprovação, é dada partida na ação ambiental”, comenta a diretora executiva do Instituto Terra, Isabella Salton.
Com a meta de restaurar 80 mil hectares até 2018, o Programa Reflorestar tem o objetivo de manter, recuperar e ampliar a cobertura florestal, com geração de oportunidades e renda para o produtor rural, por meio da adoção de práticas de uso amigável do solo. Assim, criam-se estímulos para os proprietários de terra e agricultores adotarem sistemas produtivos e alternativas econômicas ambientalmente corretas e socialmente justas.
Para preservar as áreas verdes, recursos hídricos capixabas e apoiar os proprietários rurais, o Programa Reflorestar tem oportunizado projetos voltados à manutenção dos ecossistemas e redução do impacto ambiental. Desde o início do programa até o primeiro semestre deste ano, o Bandes liberou mais de 1,3 mil contratos que preservam o meio ambiente, chegando ao total de R$ 13 milhões em recursos liberados.
Com previsão de chegar a R$ 19 milhões em liberações este ano, o Reflorestar é uma iniciativa cujo desenvolvimento foi resultado da integração de programas de recuperação da Mata Atlântica e envolve além do Bandes, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEAMA).
Quem pode participar?
Todo proprietário de área rural das regiões prioritárias (com prioridade para o pequeno produtor rural) que destina ou queira destinar parte de sua propriedade para fins de preservação do meio ambiente ou para práticas rurais sustentáveis.
Quais os benefícios do Reflorestar?
O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) em reconhecimento aos benefícios gerados pela floresta nativa conservada ou em recuperação;
Apoio financeiro, na forma de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), para auxiliar na aquisição de insumos (mudas, material para cercamento, adubo e outros) necessários para o plantio de novas áreas com florestas;
Como participar?
Para participar basta se cadastrar no site do Programa. São necessários os seguintes documentos: CPF e RG; Comprovante de residência; Certificado de Cadastro do Imóvel Rural – CCIR, ou outro documento que comprove a posse da propriedade a ser atendida; Certidão Negativa de débitos federal, estadual e municipal.
Modalidades de apoio oferecidas pelo Programa
Floresta em Pé: Pagamento por florestas conservadas e elegíveis para essa modalidade, podendo ser reconhecidos para fins de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) até 10 hectares por propriedade rural;
Regeneração Natural: Aquisição de insumos necessários ao isolamento de uma área para que ocorra a sua recuperação natural, e Pagamento pelos Serviços Ambientais (PSA) gerados;
Recuperação com Plantio: Aquisição de insumos necessários para o plantio de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica e Pagamento pelos Serviços Ambientais;
Sistemas Agroflorestais: Aquisição de insumos necessários para implantação de sistemas que combinam espécies florestais com culturas agrícolas como café, cacau, palmito, banana, dentre outras;
Sistemas Silvipastoris: Aquisição de insumos necessários para implantação de sistemas que combinam árvores com pastagens;
Floresta Manejada: Aquisição de insumos necessários para implantação de culturas florestais para o manejo florestal (sem corte raso).
Informações sobre linhas de financiamento:
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Texto de Eduarda Goldstein