Secretário acompanha início da vacinação cautelar contra febre amarela em Ibatiba
O município de Ibatiba iniciou, nesta sexta-feira (20), a vacinação cautelar contra a febre amarela. O secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, junto ao médico infectologista Lauro Ferreira Pinto, foi ao município que fica a 25 quilômetros de Minas Gerais acompanhar o início da vacinação. A vacinação cautelar é uma medida preventiva adotada pelo Estado e pelo Ministério da Saúde, uma vez que não há confirmação da doença no Espírito Santo.
"Estou impressionado com a mobilização da população. Isso é muito importante. Precisamos de tranquilidade para trabalhar e desse apoio de todos. Os municípios dentro da região da vacinação cautelar podem ficar tranquilos. Todos os moradores vão receber a vacina contra a febre amarela. Este bloqueio será importante para todo o Estado. A população pode contribuir e combater o mosquito Aedes aegypti. Assim poderemos garantir a segurança de todos os capixabas”, disse Oliveira.
A prefeitura montou um esquema com cinco unidades de vacinação, quatro na área rural e uma na área urbana do município, com vinte e seis vacinadores e 46 agentes comunitários. A secretária municipal de saúde, Nicilaine Hubner Florinda, prevê que 26.700 pessoas sejam imunizadas contra a febre amarela. Residentes voluntários também se ofereceram para ajudar no trabalho que deve mobilizar a cidade durante 20 dias.
O prefeito de Ibatiba aproveitou o início da vacinação e lançou o Comitê de Monitoramento do Mosquito Aedes aegypti. Técnicos da prefeitura e representantes da comunidade vão trabalhar no combate ao mosquito na região urbana da cidade. "Este trabalho é essencial para a prevenção de doenças. O mosquito é o transmissor não apenas de dengue ou zika. Ele pode transmitir a febre amarela em áreas urbanas. Além da vacinação, nós precisamos trabalhar no combate ao mosquito”, reforçou Luciano Salgado.
Vacinação cautelar
Serão vacinados os moradores dos municípios que fazem divisa com Minas Gerais e de outros próximos à divisa, onde estão sendo investigados casos da doença, e também pelo fato de a região ser formada por uma mata contínua, sem barreiras com o Estado.
Nesta quarta-feira (18), chegaram ao Estado 350 mil doses da vacina contra febre amarela, enviadas pelo Ministério da Saúde, para realização desta ação.
Os municípios que irão vacinar a população como medida cautelar são: Água Doce do Norte, Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Barra de São Francisco, Brejetuba, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Iúna, Laranja da Terra, Mantenópolis, Montanha, Mucurici, Pancas, Afonso Cláudio, Ecoporanga, Colatina, Itaguaçu, Governador Lindenberg, Conceição do Castelo, Venda Nova do Imigrante, São Roque do Canaã e São Gabriel da Palha.
Para o restante do Estado, a recomendação de vacinação continua a mesma: apenas pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata localizadas em áreas de risco para febre amarela. O viajante deve buscar uma unidade municipal de saúde caso ainda não tenha tomado a primeira dose da vacina ou a dose de reforço. Se for a primeira vez que a pessoa é vacinada, a dose deve ser aplicada pelo menos dez dias antes da viagem para que o organismo produza anticorpo contra a doença.
No Brasil, quase todos os estados têm regiões com recomendação de vacinação. Os estados que não têm recomendação para vacina são Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
Ações
A Secretaria de Estado da Saúde está monitorando a situação epidemiológica. Entre outras ações, está a criação do gabinete de monitoramento; reunião com especialistas; reunião com os prefeitos e secretários municipais de saúde dos municípios onde haverá vacinação cautelar; reunião com área técnica da Imunização dos municípios; elaboração do Protocolo de Manejo Clínico; além de capacitações sobre manejo clínico da doença e sobre protocolos de indicação para vacinação.
Febre amarela
Uma pessoa com febre amarela apresenta, nos primeiros dias, sintomas parecidos com os de uma gripe. Entretanto, esta é uma doença grave, que pode complicar e levar à morte. Os sintomas mais comuns são febre alta e calafrios, mal-estar, vômito, dores no corpo, pele e olhos amarelados, sangramentos, fezes cor de “borra de café” e diminuição da urina.
A febre amarela silvestre é transmitida pela picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um macaco doente, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem. A forma silvestre da doença é endêmica nas regiões tropicais da África e das Américas.
Nas cidades, a doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue, da zika e da chikungunya. Pessoas que fazem ecoturismo ou que entram em matas por algum outro motivo, correm o risco de serem picadas pelo mosquito Haemagogus infectado e contrair a doença. De volta à área urbana, essas pessoas podem ser picadas pelo Aedes aegypti, podendo dar início à reurbanização da doença. O último caso de febre amarela urbana no Brasil ocorreu no Acre em 1942.
Uma vez que a febre amarela no meio urbano é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, eliminar depósitos que possam acumular água é uma das medidas de prevenção. Por isso, é importante que a população eleja um dia fixo da semana para combater o mosquito em casa, e, assim, impedir a proliferação do vetor eliminando seus criadouros.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
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