Nesta terça-feira (03), a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) divulgou o balanço da regulamentação das cantinas da rede estadual. A ação visa a tornar a alimentação dos alunos mais saudável. Na ocasião, o secretário de Estado da Educação, Haroldo Corrêa Rocha, anunciou os resultados do Projeto Cantina Saudável, implantado em abril. Desde 2008, 100% dos estudantes podem se alimentar gratuitamente nas escolas. E, para isso, já foram investidos R$ 7,4 milhões em melhorias na infraestrutura física e utensílios para as cozinhas de 372 escolas, para evitar o uso da cantina.

O serviço de merenda escolar foi terceirizado e o cardápio, elaborado por nutricionistas, tem alimentos saudáveis e balanceados. Além disso, as escolas são estimuladas a desenvolver projetos de alimentação saudável.

“A ação nas cantinas não é isolada. Queremos que as escolas abordem a alimentação como uma questão pedagógica, porque a educação alimentar realizada nas escolas vai refletir em outros ambientes”, destacou o secretário Haroldo Corrêa Rocha. “Alimentação saudável é hábito, é cultura, se o aluno não tem esse costume, na medida em que a escola o implanta, vai influenciar também em casa”, completou. 

Com a implantação do Projeto Cantina Saudável, o destino das cantinas das escolas, que vendem lanches, passou a ser decidido pelo Conselho da Escola, composto por representantes dos pais, alunos, professores e da comunidade. O Conselho, então, definiu se a escola teria a cantina ou não, e se optasse por ter, deveria administrá-la ou terceirizá-la. Em abril, 36% das escolas já não tinham cantina. “Das 294 escolas que tinham cantina, 68% decidiram fechar, uma decisão do próprio Conselho”, frisou o secretário.

As 95 escolas que optaram por continuar com as cantinas, já estão se adaptando às novas exigências, que são espaço apropriado, higiene, documentação e adequação do cardápio de acordo com uma lista de alimentos permitidos, passada pela Sedu. “Essas escolas estão sendo visitadas por técnicos da Secretaria, que está observando esses aspectos. Caso a cantina tenha irregularidades, a escola tem 15 dias para se ajustar”, explicou o secretário.

Outro ponto abordado pelo Projeto Cantina Saudável é a ação de vendedores ambulantes. “Por mais que a escola não venda salgados, chips ou refrigerantes, por exemplo, muitas delas têm ambulantes ao redor, que vendem seus produtos pelas grades. A Sedu está trabalhando para evitar isso, por meio da Gerência de Engenharia, que vai estudar uma maneira de evitar o acesso dos ambulantes, e também através de uma parceria com as prefeituras, que vão atuar na vigilância e fiscalização desses profissionais”, ressaltou Haroldo.

Confira o balanço