25/09/2019 13h56

Seminário sobre políticas públicas debate extermínio da juventude

Foto: Ademir Ribeiro/Secom

Com o objetivo de ampliar e fomentar o debate contra o extermínio de jovens, a Secretaria de Estado de Direitos Humanos (SEDH), em parceria com o Conselho Estadual de Juventude (Cejuve), realizou, nesta terça-feira (24), o Seminário Estadual de Políticas Públicas para a Juventude. 

O evento, que aconteceu no auditório do Palácio da Fonte Grande, no Centro de Vitória, durante todo o dia, foi a terceira ação da pasta para a Semana Estadual de Debate contra o Extermínio de Jovens, que segue com a programação até o dia 27 de setembro.

O Seminário atraiu um público de cerca de 120 pessoas, entre professores e diretores de escolas públicas, além de outros profissionais da área da educação. Na abertura do evento, a secretária de Estado de Direitos Humanos, Nara Borgo, ressaltou o compromisso do Governo do Estado com as políticas para a juventude:

“A Semana Estadual da Juventude foi uma luta dos jovens capixabas, concretizada a partir de uma lei sancionada pelo Governador Renato Casagrande. Foi ele também que, na gestão passada, criou a Gerência de Políticas para a Juventude, bem como por intermédio dele que tivemos os primeiros grupos de estudo para a implementação do Conselho Estadual da Juventude. Todos esses são passos extremamente importantes para que a gente estivesse aqui hoje. Diante do extermínio das crianças e adolescentes, esperamos que tudo isso não seja em vão, e que possamos continuar lutando para termos uma sociedade melhor e mais justa.”

O Seminário contou, ao todo, com três mesas de debate. A primeira delas teve como tema “Extermínio da Juventude Negra”, da qual participaram a coordenadora do Museu Capixaba do Negro (Mucane), Thaís Souto Amorim; o representante do Instituto Raízes, Jocelino Júnior; e o gerente de Igualdade Racial de Cariacica, Sandro Cabral. A mesa foi mediada por Edineia Conceição de Oliveira, da Gerência de Igualdade Racial da SEDH.

Na ocasião, Jocelino Júnior destacou a importância da escola no processo de enfrentamento à violência. “Ela é a principal política pública de articulação, fomento e acesso a outras políticas públicas”, pontuou.

A segunda mesa discutiu as “Possibilidades e Desafios na Gestão das Políticas de Juventude” e foi composta por Aline Passos, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e ex-coordenadora de juventude do Município de Vitória; pelo ex-coordenador de juventude de Fortaleza, no Ceará, e um dos responsáveis pela implementação da Rede Cuca de Juventude, Afonso Cuaron; e pelo ex-secretário nacional de Juventude, Gabriel Medina.

Na oportunidade, Afonso Cuaron explicou como é a proposta do Cuca. “A ideia é que o espaço ficasse posicionado entre os bairros da periferia, de forma que os jovens de bairros próximos se juntassem por afinidade, seja no esporte seja na produção de vídeos, ou em outra atividade, e que o Cuca se tornasse, então, um ambiente de encontro. Outro fator é operar no contraturno da escola e ser um ambiente que tivesse tudo para o jovem, além de ter uma política que não exclua nenhum jovem, inclusive, aqueles que estão afastados da escola. Neste caso, se no processo ele se matricular, esta é a nossa vitória”, disse.

O terceiro e último debate foi promovido pelo representante do Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade (Gold), Diego Herzog; pelo representante da Agência de Desenvolvimento Social Jovem (Adesjovem), Gabriel Roccon; e pela representante cigana dentro do Conselho Estadual da Juventude, Márcia Carvalho Ferreira. O tema foi “Juventudes, potencialidades e suas perspectivas”.

Durante a sua apresentação, Herzog falou sobre a importância e contribuição da juventude para o processo histórico do País. “Se formos refletir, a juventude é quem segura o rojão na hora que a sociedade mais precisa. É a juventude quem toma a linha de frente para dizer os limites éticos, morais e políticos que a sociedade precisa se balizar para construir uma sociedade cada vez melhor”, destacou.

Luciene Sales, pedagoga da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEMF) Luiz Manuel Vellozo, de Vila Velha, participou do Seminário e acredita que ele é uma importante ferramenta para o enfrentamento à violência e ao extermínio de jovens. “Sinto que estamos meio perdidos nessa fase atual que vivemos, propensos ao retrocesso, então é preciso refletir sobre como elaborar estratégias para entender e criar movimentos e grupos com ideologias suficientes para trazer mudanças e proteger nossos jovens da violência. É por meio da educação que eu entendo que isso possa acontecer”, destacou.

O Seminário contou ainda com as apresentações do Coral Serenata, formado por jovens do Morro do Quadro e regido pela professore Luciene Pratti Chagas, e do Slam Xamego.

 

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