Pensar de forma coletiva e colaborativa em soluções para problemas e desafios comuns nas organizações. Esse é o objetivo de uma metodologia chamada Design Thinking, que foi tema de uma oficina promovida pela Escola de Serviço Público do Espírito Santo (Esesp) nesta semana. Cerca de 30 servidores públicos tiveram a oportunidade de conhecer a proposta e experimentar os benefícios trazidos por ela.

A oficina é uma das capacitações ofertadas pela instituição com foco na Inovação. O objetivo é levar aos profissionais que atuam nas mais diversas Secretarias e Órgãos do Estado e dos Municípios uma série de ferramentas, abordagens, experiências e discussões que auxiliem na melhoria dos serviços prestados a partir do uso da criatividade e na disseminação da cultura da inovação.

De acordo com os docentes da formação, Nara Caliman e Rodrigo Zambon, o Design Thinking traz uma nova maneira de enxergar o cliente ou usuário, colocando esse ator como o protagonista das escolhas feitas e das decisões tomadas. “Para isso, é preciso ter empatia, é preciso ouvir aqueles que usam o nosso serviço para entender, de fato, quais são as verdadeiras necessidades que eles têm para, a partir desse diagnóstico, propor soluções”, explicou.

Realizada em dois dias, a formação é comporta por diversas etapas, que vão desde a definição dos desafios que serão trabalhados até a prototipação, quando os participantes criam uma amostra da solução pensada. Os docentes ressaltam que todo o processo deve ser feito em equipe e levar em consideração a visão de todos os membros.

Os servidores que conheceram a metodologia explicaram que gostaram da iniciativa. É o caso da profissional Geiza dos Santos, que trabalha na Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Ela contou que decidiu participar do curso porque ficou curiosa em conhecer o tema. Ao pesquisar sobre o Design Thinking, ela percebeu que era possível aplicar na rotina de trabalho. Decidiu, então, se inscrever.

“O curso nos fez pensar a questão da empatia, de se disponibilizar a enxergar os desafios que o nosso cliente enfrenta. Faz parte da gente já tentar vir com a solução, mas é preciso entender todo o contexto, organizar as ideias e ouvir todos os envolvidos. É assim que surgem as melhores ideias. Foi uma experiência superútil que pretendo levar para a minha vida”, disse.

A ação também foi aprovada pelo servidor José Antonio de Barros, do Banestes. Segundo ele, a inovação é tema de diversas pautas da atualidade. Para isso, o serviço público também precisa inovar. Para sanar essa necessidade, ele tem participado de outros cursos ofertados pela Esesp nesta área. Foi quando ele viu a oportunidade de integrar a turma.

“Apesar de muita gente falar sobre isso, na minha mente não estava muito claro o que significava inovar. Essas capacitações têm me ajudado a entender melhor como pensar diferente e quais as ferramentas que já existem para ajudar nessa tarefa. É preciso participar desses encontros, conhecer as possibilidades, tentar fazer diferente. Esse olhar traz muitos outros ganhos”, completou.

Texto: Renan Chagas

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