Servidores do Iema participam de seminário de conservação de espécie de abelha em extinção
Para discutir os principais desafios e oportunidades para a conservação da abelha uruçu-capixaba, servidores do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) participaram do 1º Seminário de Conservação da uruçu-capixaba. A espécie é endêmica das montanhas capixabas e está ameaçada de extinção.
O evento foi realizado na última semana, no Centro de Desenvolvimento Guaçu-Virá, em Venda Nova do Imigrante, pelo Programa de Conservação uruçu-capixaba, uma iniciativa pioneira que pretende determinar genótipos prioritários e métodos de manejo para a multiplicação efetiva de colônias da uruçu-capixaba e sua posterior reintrodução na natureza, em árvores protegidas nos Parques Estaduais de Pedra Azul, Forno Grande e Reserva Ambiental Águia Branca.
De acordo com o coordenador do programa, professor Helder Canto Resende, da Universidade Federal de Viçosa, desde 2007, diversas ações têm sido realizadas em prol da conservação da Melipona capixaba.
"Considero o momento atual como estratégico para unir forças e formar uma rede de colaboradores, unindo o poder público, instituições de pesquisa, Unidades de Conservação, Centros de Educação Ambiental, Escolas, Meliponicultores e a comunidade, todos pela conservação dessa abelha, um patrimônio natural das montanhas capixabas”, destacou.
A ideia agora é elaborar o Plano de Ação Estadual para a Conservação da uruçu-capixaba, integrando ações com o Plano de Ação Nacional de Conservação dos Insetos Polinizadores. “Nesse Plano, vamos identificar as principais ações e traçar estratégias de conservação, designando articuladores e responsabilidades para o efetivo sucesso do programa de conservação da uruçu-capixaba”, ressaltou Resende.
Atualmente, os Parques Estaduais Pedra Azul e Forno Grande já desenvolvem ações em prol das abelhas. “Os parques já têm caixas para essas abelhas. O ponto inicial agora é a elaboração do plano estadual com os parceiros envolvidos e intensificar as ações com foco na conservação da uruçu-capixaba.”, pontuou a servidora do Iema que atua no Parque Estadual da Pedra Azul, Tamires Mutz.
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