04/08/2020 16h06

Servidores penitenciários concluem curso de mestrado em segurança pública

Servidores penitenciários da Secretaria da Justiça (Sejus) concluíram no mês de julho o curso de mestrado em segurança pública, realizado em parceria com a Escola de Serviços Públicos (Esesp), Escola Penitenciária do Espírito Santo (Epen) e a Universidade de Vila Velha (UVV). As oportunidades foram ofertadas aos servidores efetivos da Sejus e três profissionais que participaram do processo seletivo da universidade preencheram todos os requisitos estabelecidos, obtendo 50% de concessão da bolsa de estudos pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen).


Todas as dissertações apresentadas tiveram como temática o sistema prisional capixaba. Formado em Administração, Rodrigo Gomes da Silva, inspetor penitenciário da Diretoria de Administração Geral dos Estabelecimentos Penais (Diragesp), foi um dos beneficiados com a bolsa, defendendo a tese “Sistema Penitenciário do ES: desafios no século 21”. A pesquisa apresenta a evolução do crescimento da população prisional do Brasil e no Estado nos últimos 20 anos, além do avanço conquistado pelo Espírito Santo em relação a taxa de ocupação nos estabelecimentos penais.


“O mestrado contribuiu muito com o trabalho desenvolvido na Sejus a fim de entendermos o perfil de pessoas presas e as condições que as levam ao cometimento de crime. Isso é de elevado grau de importância para tomada de decisão para a segurança das penitenciarias estaduais, bem como para o processo de ressocialização. Além disso, aumentamos nossa rede de relacionamento com policiais federais e civis, militares, bombeiros, promotores de justiça, juízes, advogados e demais profissionais. Hoje trocamos informações importantes, com objetivo final de avançar ainda mais a segurança pública do Estado. Só tenho a agradecer a todos os profissionais da Sejus que contribuíam para que a bolsa se tornasse realidade. Já estamos colocando em prática o conhecimento aplicado no curso”, afirma Rodrigo Gomes da Silva.


“A Relevância da atuação da Diretoria de Operações Táticas – DOT” foi o tema escolhido pelo inspetor penitenciário Thiago Binow, que atua na tropa de elite da Sejus e é graduado em Direito. “O mestrado é uma imersão na pesquisa científica. Aliado aos debates e aulas expositivas, nos permite enxergar a segurança pública sob várias perspectivas. A experiências acadêmica e profissional dos doutores, de diversas áreas do conhecimento, por se tratar de um mestrado interdisciplinar, é outro fator que contribui imensamente na formação. Nestes dois anos pude vivenciar a experiência compartilhada pelos professores do programa do mestrado em segurança pública, bem como, por colegas de outras instituições como: Ministério Público, magistratura, Defensoria Pública, advogados, policiais federais, polícias Civis e Militar, dentre outros, que enriqueceram os debates nas disciplinas promovendo um conhecimento único”, diz Binow.

A inspetora penitenciária e diretora do Centro Prisional Feminino de Cariacica, Graciele Sonegheti Fraga, graduada em Psicologia, defendeu a dissertação “Maternidade no Contexto do Cárcere: Análise de Ações Efetivas de Proteção ao Desenvolvimento Seguro Materno-Infantil”. Segundo ela, o projeto foi uma oportunidade única concedida pela Sejus e de retornos positivos para a unidade feminina.

“O estudo foi estruturado em duas frentes de pesquisa: Em uma delas, caracterizaram-se as mulheres que cumprem pena por cometerem crimes contra crianças, a fim de identificar condições de vulnerabilidade psicossocial da mulher, como exposição à violência doméstica ou outras questões socioeconômicas e demográficas, e as condições em que se encontravam na relação com as crianças vítimas de violência, a fim de avaliar a possibilidade de ‘maternar’ essas mulheres. Já no estudo dois, identificamos os fatores de risco e proteção para a maternagem nos sistemas prisionais, com a proposta de ações e adaptações voltadas ao cuidado com as gestantes e lactantes custodiadas no centro prisional e se as condições de maternagem promoviam desenvolvimento seguro materno infantil”, explica Graciele Fraga.

A pesquisa se materializou em algumas ações como a reforma do alojamento materno infantil, as fotos das gestantes e dos bebês, palestras com o Corpo de Bombeiros para orientação sobre o engasgo e asfixia, além do 1º Lugar Geral no Programa Centelha ES,  com o projeto, intitulado “Maternar Lactantes Presas”, coordenado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes).

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