30/03/2017 14h14 - Atualizado em 30/03/2017 14h15

Sesa confirma novos macacos com febre amarela e reforça importância da vacinação

Foto: Fred Loureiro/Secom

O Estado do Espírito Santo recebeu confirmação laboratorial de mortes de macacos por febre amarela em Aracruz e Vila Velha e novas confirmações em Vitória, Guarapari, Cariacica e Serra. Diante desse cenário, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça para a população a importância da vacinação. Todas as cidades capixabas têm vacina disponível, portanto, quem não tem contraindicação para se vacinar e ainda não foi imunizado deve procurar uma unidade básica de saúde em seu município para receber a proteção.

Mesmo com confirmação de morte de macacos com febre amarela na Grande Vitória, a Sesa ressalta que não há registro de transmissão da doença em humanos na área urbana. Os casos confirmados até o momento são de pessoas que contraíram a febre amarela em área de mata.

Uma pessoa com febre amarela apresenta, nos primeiros dias, sintomas parecidos com os de uma gripe. Entretanto, a febre amarela é uma doença grave, que pode complicar e levar à morte. Os sintomas mais comuns são febre nos primeiros sete dias e mal-estar. Diante de algum desses sintomas, a pessoa deve buscar atendimento médico.

  

Contraindicações

 

A vacinação contra febre amarela segue critérios recomendados pelo Programa Nacional de Imunizações. O Ministério da Saúde alerta que, nos casos de pacientes com imunodeficiência, a administração da vacina deve ser condicionada à avaliação médica de risco-benefício e deve ser analisada caso a caso nas situações de surto da doença.

Também devem buscar orientação profissional as pessoas que têm histórico de reação alérgica a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos com proteína bovina) e pacientes com histórico anterior de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, ausência de timo ou remoção cirúrgica).

 

A vacina é contraindicada para:

 

- Crianças menores de 6 meses de idade;

- Pacientes com imunodepressão de qualquer natureza;

- Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave;

- Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores);

- Pacientes submetidos a transplante de órgãos;

- Pacientes com imunodeficiência primária;

- Pacientes com neoplasia;

- Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras);

- Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica);

 

 

Cobertura vacinal

 

Até o momento, foram distribuídas 3.332.030 doses da vacina contra febre amarela para todo o Espírito Santo. De acordo com informações enviadas pelos municípios, 2.635.731 pessoas já foram imunizadas, o que representa uma cobertura vacinal de 73,66% da população em todo o Estado. O esperado é que todos os municípios imunizem 100% de suas populações, respeitando os critérios de vacinação. Até o momento, oito cidades capixabas alcançaram essa meta e 33 municípios estão com mais de 80% de cobertura vacinal. Em outros 37 municípios, a cobertura vacinal está abaixo de 80%.

DISTRIBUIÇÃO DE VACINAS DE FEBRE AMARELA POR REGIÃO DE SAÚDE*

Região

Número de Municípios

Doses Distribuídas

Doses Aplicadas

Metropolitana

20 municípios

1.847.605

1.446.619

Norte

14 municípios

335.685

275.894

Sul

26 municípios

568.620

448.120

Central

18 municípios

580.120

465.098

Total

3.332.030

2.635.731


*Valores referentes às 3.650.000 doses enviadas ao Estado pelo Ministério da Saúde.

 

Febre amarela

 

A febre amarela silvestre é transmitida pela picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um macaco infectado, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem. A forma silvestre da doença é endêmica nas regiões tropicais da África e das Américas.

Nas cidades, a doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue, da zika e da chikungunya. Pessoas que fazem ecoturismo ou que entram em matas por algum outro motivo correm o risco de serem picadas pelo mosquito Haemagogus infectado e contrair a doença. De volta à área urbana, essas pessoas podem ser picadas pelo Aedes aegypti e provocar a transmissão da doença dentro das cidades, o que não acontece no Brasil desde 1942.

Uma vez que a febre amarela no meio urbano é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, eliminar depósitos que possam acumular água é uma das medidas de prevenção. Por isso, é importante que a população escolha um dia fixo da semana para combater o mosquito em casa, e, assim, impedir a proliferação do vetor eliminando seus criadouros.

 

 

 

 

Informações à imprensa

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde

Jucilene Borges/Juliana Rodrigues/Juliana Machado/Isabel Pimentel

E-mail: asscom@saude.es.gov.br

Tels.: (27) 3347-5642/3347-5643/99969-8271/99943-2776/99983-3246

 

 

2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard