Sesa discute prevenção de quedas e violência contra idosos nesta quinta (22)
Cair não faz parte do processo normal de envelhecimento. Existe um risco aumentado na terceira idade, mas a queda pode ser prevenida. Essas são as principais informações que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vai reforçar na Oficina de Prevenção de Quedas e Violência Contra a Pessoa Idosa que será realizada nesta quinta-feira (22), em Vitória. A capacitação contará com a participação de representantes do Ministério da Saúde e é direcionada para profissionais de saúde que trabalham no atendimento ao paciente na atenção primária, na atenção ambulatorial especializada e na atenção hospitalar.
A médica geriatra Janaina Alvarenga Rocha Ayres, da Área Técnica de Saúde do Idoso da Sesa, afirma que as consequências da queda na terceira idade são graves. Segundo ela, cair aumenta o risco de fraturas, de incapacidades, de institucionalização e até de morte. “Dificilmente, depois de uma fratura, o idoso volta ao mesmo grau de funcionalidade que tinha antes. Por isso, o melhor é prevenir”, destaca a especialista.
De acordo com Janaina Alvarenga, a queda pode ser causada por fatores internos ou externos, e o profissional de saúde precisa estar atento para identificar e intervir nesses fatores. “O profissional, principalmente da atenção primária, que está mais próximo das famílias, precisa questionar. Na consulta, na visita ao domicílio, deve perguntar se o idoso sofreu alguma queda no último ano e, a partir daí, buscar identificar a causa, que pode ser desde uma medicação que precisa ser ajustada pelo médico até uma ação de violência contra o idoso”, comentou a médica.
Edleusa Cupertino, da Área Técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes da Secretaria de Estado da Saúde, esclarece que a violência contra o idoso é um agravo de notificação compulsória. Violência física, psicológica, financeira, sexual, violência por intervenção legal, tortura, tentativa de suicídio e negligência são as formas de violência obrigatoriamente notificadas pelo serviço de saúde à vigilância epidemiológica do município.
A referência técnica diz que a queda, por si só, não é causa de notificação. Mas ela ressalta que a queda, assim como o agravamento do quadro de saúde do idoso, pode ser um indicativo de violência. Edleusa explica que a negligência, por exemplo, é não atender às necessidades básicas de um idoso que depende de cuidados. Não dar agasalho em tempo de frio, não dar banho, deixar o idoso acamado sempre na mesma posição, favorecendo o aparecimento de feridas, deixar de dar os medicamentos. Tudo isso caracteriza negligência.
Edleusa ressalta que o profissional de saúde precisa estar atento aos sinais para que o socorro a esse idoso chegue antes que a violência provoque a perda da vida. “O paciente caiu, tem que investigar a causa da queda. Está desidratado, está fragilizado, enfim, é importante observar, perguntar. Identificando a violência, o serviço de saúde vai buscar uma rede de apoio dentro do território, por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), por exemplo, para intervir na situação”, explicou a referência técnica da Área de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes da Sesa.
Serviço:
Oficina de Prevenção de Quedas e Violência Contra a Pessoa Idosa
Data: 22 de junho (quinta-feira)
Horário: das 9h às 16h40
Local: Escola de Serviço Público do Espírito Santo (Esesp) – Rua Francisco Fundão, nº 115, bairro República, Vitória.
Programação
9h: Acolhimento e abertura
9h15 às 10h: Enfrentamento da Violência contra a Pessoa Idosa: conhecer, identificar, notificar para cuidar – Wendel Rodrigo Teixeira Pimentel, Ministério da Saúde (DF)
10 minutos: Questionamentos e experiências
10h10 às 11h: Conscientização e Sensibilização na Utilização da Ficha de Notificação/Investigação Individual – Isabella Vitral Pinto, assessora técnica do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde (DANTPS/Ministério da Saúde)
10 minutos: Questionamentos e experiências
13h às 13h50: Quedas em Pessoas Idosas: identificação e intervenção sobre os fatores de risco – Wendel Rodrigo Teixeira Pimentel, Ministério da Saúde (DF)
13h50 às 14h50: Grupos de Trabalho: discussão de casos sobre as temáticas de prevenção de queda e violência contra a pessoa idosa.
14h50 às 15h: Intervalo
15h às 16h: Apresentação dos grupos e discussão
16h às 16h30: Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa: um instrumento para diagnóstico de violência e quedas – Livia Terezinha Devens, Secretaria de Estado da Saúde (ES)
10 minutos: Questionamentos e experiências
16h40: Encerramento
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Jucilene Borges/Juliana Rodrigues/Juliana Machado/Isabel Pimentel/Luciana Almeida
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Tels.: (27) 3347-5642/3347-5643/99969-8271/99943-2776/99983-3246