Sesa propõe construção de Política Estadual de Humanização em Congresso
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) quer incentivar a construção de uma Política Estadual de Humanização. Para isso, a Sesa promove nesta quinta (18) e sexta-feira (19), das 8 às 17 horas, o I Congresso Capixaba de Humanização. O evento será realizado no auditório central da Faesa, na Ilha de Monte Belo, Vitória.
A Política Nacional de Humanização (PNH) foi criada pelo Governo Federal em 2003 para estabelecer práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil. As ações de humanização realizadas atualmente no Espírito Santo são baseadas na PNH. Por meio do Fórum desta semana, a Sesa pretende “discutir as diretrizes para uma Política Estadual de Humanização”, como explica o chefe do Núcleo de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Sesa, Luiz Cláudio Silva.
Durante o evento, serão avaliadas diversas propostas (chamadas de projetos de intervenção) feitas por profissionais de saúde de 69 municípios capixabas, além de representantes do Conselho Estadual de Saúde, dos Centros Regionais de Especialidades (Metropolitano, de Vila Velha, de Colatina e São Mateus) do Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes) e diretores de diversos hospitais da rede pública.
As propostas são o resultado do Curso de Formação de Apoiadores Institucionais em Humanização, realizado pela Sesa em 2009, e que teve 141 participantes qualificados como multiplicadores.
O I Congresso Capixaba de Humanização vai reunir aproximadamente 200 pessoas. Além do grupo de 141 multiplicadores, deverão participar gestores, representantes das Comissões Intergestores Bipartites (CIBs), dos Conselhos de Saúde, além de gerentes e superintendentes da Sesa.
Dispositivos de Humanização
A Política Nacional de Humanização foi implantada na Sesa em 2003 e trata-se de uma mudança de cultura e ações da produção de saúde, voltadas para a atenção e assistência. Confira alguns dos dispositivos para promover a humanização:
• Visita aberta e direito a acompanhante (sem restrições a horários rígidos, possibilita o elo entre o paciente e sua rede social)
• Acolhimento com classificação de risco (identificar o risco/vulnerabilidade do usuário, priorizar e decidir sobre os encaminhamentos necessários)
• Ambiência (organização de espaços saudáveis e acolhedores)
• Programa de Formação em Saúde do Trabalhador
• Ouvidoria
• Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde
• Gerência de Porta Aberta
• Colegiado Gestor
Avanços na rede pública
Os hospitais da rede pública estadual já adotam diversas medidas de humanização. Um exemplo disso é o sistema “Visita Aberta” implantado pelo Hospital Estadual Materno-Infantil de Vila Velha e pelo Hospital Estadual Dório Silva. O sistema facilita o acesso dos visitantes às unidades de internação e amplia o horário de visitas.
Outro dispositivo de humanização em prática é o Acolhimento com Classificação de Risco – serviço que prioriza os atendimentos de acordo com a gravidade de cada caso. O sistema funciona em oito hospitais da Sesa: São Lucas, Dório Silva, Infantil de Vila Velha, Infantil de Vitória, Antônio Bezerra de Faria, Roberto Arnizaut Silvares, Silvio Avidos e Hospital Psiquiátrico Capaac.
O Acolhimento com Classificação de Risco tem como base o Protocolo de Manchester, um sistema reconhecido internacionalmente que busca organizar o fluxo de acesso aos serviços de saúde por meio da definição de prioridades, determinação do tempo de espera para o atendimento médico e definição do modelo de observação, de acordo com a gravidade atribuída.
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