Acontece nesta quarta-feira (30), em Vitória, o III Fórum Estadual de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) em Saúde – Práticas Exitosas e Desafios. O evento, organizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), tem como objetivo informar os participantes sobre os benefícios da medicina integrativa e complementar – como homeopatia, acupuntura e meditação – na assistência à saúde e discutir as perspectivas e os desafios da implantação dessas práticas nos serviços de saúde no Espírito Santo, principalmente nos serviços da Atenção Primária à Saúde, onde podem ser eficazes na prevenção de doenças. 

“Sem dúvida, os procedimentos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais oferecidos pelo sistema público de saúde são práticas preventivas em sua essência. Como temos a Atenção Primária como a base do Sistema Único de Saúde (SUS), entendemos que as PICs devam estar, prioritariamente, nos serviços básicos municipais”, comentou a referência técnica das Práticas Integrativas e Complementares da Sesa, a médica homeopata e acupunturista Ana Rita Novaes.

Há 23 anos, a representante comercial Luziete Coimbra de Oliveira, 52 anos, conheceu a homeopatia. Ela afirma que torcia o nariz para a chamada medicina alternativa, mas, diante de tratamentos fracassados para o refluxo que a filha bebê sofria, acabou aceitando a indicação de uma vizinha e buscou um profissional da área.

“Minha filha vivia doente, todo mês ela tomava antibiótico porque o refluxo causava inflamação no ouvido, e todo médico que eu ia cortava vários alimentos dela. Mas eu achava que aquelas bolinhas e aquelas aguinhas não faziam efeito, então, quando cheguei ao consultório eu fui sincera com a médica: ‘eu vim em desespero, eu não acredito em homeopatia’”, conta Luziete entre risos e afirmando, em seguida, que se apaixonou pela homeopatia.

“Não só eu. Hoje, minha filha e meu filho são adultos e eles também são apaixonados pela homeopatia”, ressalta Luziete, que é paciente do Centro de Práticas Integrativas e Complementares (CRPIC) da Sesa, localizado no Centro Regional de Especialidades (CRE) Metropolitano, em Cariacica.  O CRPIC oferece regularmente consultas com médico homeopata e médico acupunturista. O serviço tem quase 30 mil usuários cadastrados e realiza uma média de 2 mil consultas.

Segundo a referência técnica das Práticas Integrativas e Complementares da Sesa, Ana Rita Novaes, assim como a homeopatia, a medicina chinesa compreende que existem desequilíbrios que precedem uma doença. Logo, se a pessoa consegue se manter em equilíbrio, ela não chega a desenvolver uma doença física. “E há várias técnicas para serem usadas na prevenção. A medicina chinesa mesmo tem uma gama de possibilidades, entre elas o tai chi chuan, a meditação, que também tem uma interface com a medicina chinesa, a acupuntura, a moxa, a ventosa. Por exemplo, estamos cansados de saber que uma das causas do infarto é o estresse. Uma das terapias que têm sido muito bem estudadas para utilizar em situação de estresse é a meditação”, comentou Ana Rita.

A referência técnica da Sesa ressalta que as práticas da medicina integrativa e complementar, além de preventivas, podem ser utilizadas também para tratamento de diversas patologias. Ela diz que as PICs são transversais, portanto, podem ser aplicadas em qualquer serviço de saúde. “Por exemplo, tem serviço de meditação dentro do Sírio-Libanês. Eu fiz um estudo no Hospital Santa Rita, em Vitória, no setor de oncologia, e cabe superbem a acupuntura para mulheres com câncer de mama, que é uma das possibilidades que vamos apresentar no fórum”, comentou Ana Rita.

Serviço:

III Fórum Estadual de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) em Saúde – Práticas Exitosas e Desafios

Data: 30 de maio (quarta-feira)

Horário: 8h às 16h30

Local: Auditório Hermógenes Fonseca, na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) – Av. Américo Buaiz, nº 205, Enseada do Suá – Vitória

Informações à Imprensa

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde

E-mail: asscom@saude.es.gov.br

Tels: (27) 3347-5642/3347-5643