28/05/2018 16h42

Sesa realiza seminário sobre gravidez na adolescência nesta terça (29)

Ter a responsabilidade de ser mãe ou pai ainda na adolescência é algo que dificulta a vida e interrompe sonhos. E essa ainda é a realidade de muitos capixabas com idade entre 10 e 19 anos, faixa etária que marca o período da adolescência, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Por isso o assunto será um dos temas de um seminário que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizará, nesta terça-feira (29), no auditório da Faculdade Multivix, em Vitória, das 8 às 18 horas.

 

A gravidez na adolescência tem ocorrido em toda a América Latina e no Caribe, única região do mundo – de acordo com relatório divulgado em fevereiro pela OMS – com uma tendência crescente de gravidez entre adolescentes menores de 15 anos. Neste contexto está o Brasil, com uma taxa de 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada grupo de mil meninas de 15 a 19 anos, superando as taxas registradas na América Latina e no Caribe, de 65,5 nascimentos, e a taxa mundial, de 46 nascimentos para cada grupo de mil meninas de 15 a 19 anos.

 

No Espírito Santo, em 2017, dos 55.845 bebês nascidos vivos, 370 eram filhos de meninas de 10 a 14 anos e 7.819 eram filhos de meninas de 15 a 19 anos, totalizando 8.189 bebês nascidos de mães adolescentes só no ano passado. Na avaliação da médica pediatra referência técnica da Área de Saúde do Adolescente da Sesa, Jacqueline Gusmão Von Der Hayden, os números mostram a necessidade de aprimorar a abordagem e a orientação aos adolescentes, e a estratégia prioritária para alcançar esse objetivo é melhorar os serviços situados no nível da Atenção Primária à Saúde.

 

“Os cuidados à saúde de adolescentes devem priorizar um acolhimento com escuta e olhar diferenciados e atentos para as necessidades desse público. Precisamos que os serviços acolham o adolescente com empatia, sem fazer juízo de valor, de forma que esse paciente se sinta entendido e reconhecido em suas necessidades. É preciso fortalecer o vínculo com o paciente, estimular o autocuidado e enfatizar a responsabilidade do adolescente com a sua própria saúde”, disse Jacqueline.

 

Segundo a médica, as consequências do sexo na adolescência vão desde os riscos da prática precoce da sexualidade até o de adquirir infecções sexualmente transmissíveis. Quando o resultado é a gravidez, há risco também de o bebê nascer prematuro e de ter infecções ao nascer. “Se a gravidez for constatada logo no início e se for feito o pré-natal, os riscos para a mãe e para o bebê podem ser minimizados, por isso também a importância desse adolescente se sentir acolhido pelo serviço de saúde”, destacou a referência técnica.

 

Além da Área Técnica de Saúde do Adolescente, estão envolvidos com a organização do seminário a coordenação do Programa Estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids e a Área Técnica de Acidentes e Violência da Sesa, uma vez que também serão abordados no evento questões como notificação de violência sexual sofrida por adolescentes e gravidez gerada por violência sexual.

 

O seminário tem como objetivo informar e qualificar os profissionais da Atenção Primária, visando melhorar o atendimento oferecido aos adolescentes e, consequentemente, promovendo a saúde desse grupo e prevenindo agravos como a gravidez na adolescência, infecções sexualmente transmissíveis e violência sexual.

 

 

Dados

 

Dos 54.084 nascidos no Espírito Santo em 2013, 463 eram de mães com idade entre 10 e 14 anos e 9.308 de mães com idade entre 15 e 19 anos. Em 2014, foram registrados 56.564 nascimentos no Estado, sendo 476 de mães com idade entre 10 e 14 anos e 9.527 de mães com idade entre 15 e 19 anos. Em 2015, do total de 56.945 nascidos no Estado, 464 foram de mães com idade entre 10 e 14 anos e 9.081 entre 15 e 19 anos.

 

Em 2016, foi registrado um total de 53.419 nascidos no Estado, sendo 418 de mães de 10 a 14 anos e 8.192 de mães de 15 a 19 anos. Em 2017, do total de 55.845 nascidos no Estado, 370 são de mães de 10 a 14 anos e 7.819 de mães de 15 a 19 anos. E, do total de 19.940 nascidos no Estado em 2018, até o momento, 83 são de mães com idade entre 10 e 14 anos e 1.999 são de mães com idade entre 15 e 19 anos.

 

 

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