Sesa realiza Simpósio Multidisciplinar de Doação de Órgãos
Na tarde dessa quarta-feira (27), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por intermédio da Central Estadual de Transplantes e apoio do Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), realizaram o 3° Simpósio Multidisciplinar de Doação de Órgãos e Tecido.
O encontro aconteceu no auditório do HEUE, em Vitória, e contou com a presença do subsecretário para Assuntos de Regulação e de Organização da Atenção à Saúde (SSAROAS), Tadeu Marino; da coordenadora da Central Estadual de Transplante (CET), Maria Machado; e do diretor geral do HEUE, Paulo Santos.
O objetivo do evento foi capacitar e atualizar profissionais de saúde que atuam na assistência hospitalar. Os palestrantes abordaram a situação no Estado: o diagnóstico da morte encefálica, avaliação do potencial doador, acolhimento, entrevista familiar e logística.
Transplantado de rim há quase cinco anos, o subsecretário Tadeu Marino abriu o evento e falou da importância da doação e do planejamento da Sesa nesta área no Estado.
“Estou aqui como gestor de saúde e como testemunha também de um grande ato de amor que uma família fez por mim. Queremos fazer esse trabalho funcionar cada vez melhor. Vamos nos empenhar para que tenhamos um complexo regulador que ofereça cada vez mais oportunidades como a que eu recebi um dia”, garantiu.
Segundo Maria Machado, atualmente são 1.121 capixabas na fila à espera de doação de órgãos. “Os receptores dependem do trabalho integrado da equipe hospitalar. Somos responsáveis em oportunizar as famílias doadoras que os órgãos sejam transplantados e os receptores tenham um novo recomeço. E as atividades desta tarde são importantes para que todos possam compreender a complexidade do processo de doação e transplante”.
Recusa familiar
A recusa familiar foi um dos assuntos comuns entre os palestrantes. No ano passado, foi registrado uma queda de 11% na recusa familiar. Nos primeiros três meses de 2019, entretanto, a recusa aumentou. Das 28 famílias entrevistadas, 17 recusaram a doação de órgãos. “Diante da recusa familiar não há doação os órgãos”, explicou a coordenadora da CET, Maria Machado.
Maria Machado ressaltou a importância do trabalho com a mídia, que vem sendo feito e dos trabalhos de conscientização. “Durante o ano iremos trabalhar a importância da doação e todo o processo, que segue rígidas leis e decretos, em relação à morte encefálica que acontece nos hospitais do Estado”.
Dados no Espírito Santo
Neste ano até o dia 27 de março foram realizados 16 transplantes no Espírito Santo. Em 2018, o total foi de 366 e em 2017, foram 488.
Dados da Central de Transplantes apontam que em 2018 o número de recusas familiares para doação de órgãos foi de 43%. Já em 2017, houve um percentual de 54%, uma queda de 11%.
Até essa quarta-feira (27), três pessoas estavam à espera de um coração, 165 pessoas aguardavam por um transplante de córneas, 39 pessoas precisavam de doação de fígado e 914 pessoas esperavam por um rim, um total de 1.121 capixabas na fila.
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