Três adolescentes do Centro Socioeducativo de Atendimento ao Adolescente em Conflito com a Lei (CSE) do Instituto de Atendimento Sócio-Educativo do Espírito Santo (Iases) visitaram uma faculdade de Vitória nesta segunda-feira (22), onde puderam conhecer e trocar experiências com os universitários sobre carreiras profissionais.

A visita à faculdade Faesa faz parte do projeto Dignificando o Futuro, desenvolvido no CSE com a coordenação do professor de Química, Braz Júnior, e a orientadora educacional Patrícia Costa, com o objetivo de promover ações de incentivo ao estudo, qualificação e escolha da carreira profissional.

Na visita, os adolescentes se reuniram com universitários de diversos cursos e apresentaram seus projetos de vida, que estão sendo construídos a partir da realização de ações e atividades desenvolvidas no CSE, baseadas no Modelo Pedagógico Contextualizado (MPC), programa de atendimento na Unidade por meio de um contrato de gestão desenvolvido com a Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis).

O MPC tem como objetivo oferecer intervenção integral aos adolescentes em conflito com a lei e com suas famílias, por meio de processos pedagógicos, socioterapêuticos, sistêmicos e reflexivos que permitam sua reabilitação e readaptação, ampliando também as possibilidades de desenvolvimento social e econômico.

Os adolescentes relataram as dificuldades que passaram na infância, o que os levou ao cometimento de um ato infracional, e também falaram sobre seus desejos de mudança e projetos de vida para o futuro, após o cumprimento da medida socioeducativa. Um dos adolescentes disse que deseja seguir a carreira de psicólogo, e o outro afirmou que tem vontade de fazer o curso de Educação Física.

De acordo com o coordenador intereducativo do CSE, Ricardo Rocha, a visita proporcionou um momento de integração entre os adolescentes e os estudantes e muitos deles ficaram interessados em conhecer o Centro.

“A visita foi muito importante para os adolescentes, não só porque puderam compartilhar  suas histórias e mostrar que há possibilidade de recuperação, mas também por terem a oportunidade de conhecer uma faculdade e conversar com pessoas que também tiveram muitas dificuldades na vida, mas continuaram batalhando, não desistiram dos estudos e hoje sonham com uma carreira profissional de sucesso”, disse.